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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Serra, o ligador

Brigada Militar de Yeda e a continuidade da perseguição política

A página dez (na realidade 12) de ZH de hoje (30/9) fala sobre a denúncia que o candidato ao Piratini, Major Aroldo Medina (PRP), fez no debate de 29/9 na RBS, onde se comprometeu a apresentar provas de que uma empresa "fantasma" tinha ganho a licitação para obras dentro da BM. O caso, ao que parece, não passa de factóide daquele postulante ao cargo de governador.

Em coletiva à imprensa, a BM apresentou uma lista de 17 obras que a empresa tem contratada com o Estado. A maioria delas em escolas.

O fato que me leva a escrever estas linhas é a continuidade da perseguição política que há dentro da corporação. Como informa o próprio comandante-geral, coronel João Carlos Trindade, Medina será remanejado para uma unidade "nem tão próxima que pareça inércia, nem tão distante que seja interpretada como vingança".

Para quem se lembra do caso aqui publicado do soldado Brum, que teve todas suas vantagens suspensas e ainda foi transferido do Departamento de Administração da BM para o 9º BPM. Seus vencimentos foram reduzidos pela metade. Por que? Pelo simples fato dele ter aparecido num programa político falando única e exclusivamente do Pronasci e do Bolsa Formação.

Se isso não é perseguição política e vingança do comando da BM, que está a serviço da governadora Yeda, então começo a concordar que no Brasil não houve uma ditadura. Talvez no máximo uma ditabranda, como foi referido em alguns folhetins do PIG.

Segundo uma fonte dentro da BM, já foi dada o ordempelo comando da instituição a reprimir TODOS os "vermelinhos" (militantes do PT) no domingo da eleição. O simples fato de portar uma bandeira do PT será motivo de abordagem policial.

Não é a primeira vez que isso acontece, pois em 2006, este blogueiro teve sua bandeira arrancada das mãos por um brigadiano, e isso que eu nem tinha colinhas comigo.

sábado, 25 de setembro de 2010

Um comício para entrar na história


Foto: Roberto Stuckert Filho

Nesta sexta-feira (24/9), estive presente no comício da Dilma, Tarso, Paim e Abgail. Mais de 35 mil pessoas lotaram o largo Glênio Peres, em Porto Alegre. Faz tempo que não via a militância tomar conta de todos os espaços disponíveis. Simplesmente não tinha como caminhar com tamanha aglomeração popular.

O canto do Hino doRio Grande foi outra coisa que me emocionou muito.

Dilma lembrou de suas raízes gaúchas, da filha Paula e do neto Gabriel, nascido em Porto Alegre no início do mês. Disse que os eleitores do estado podem ir confiantes às urnas no dia 3 para dar continuidade ao processo de mudança que começou com Lula, o presidente que mais beneficiou o desenvolvimento do Rio Grande do Sul. Também será importante devolver ao PT a administração do Estado.
“Foi um presidente metalúrgico que mostrou que tinha capacidade de recuperar esse estado", disse. "Nesse momento vocês têm um homem que pode colocar esse estado novamente na linha do crescimento econômico, da geração de empregos e do avanço social. O Tarso é o responsável por um dos projetos mais generosos do nosso país, o Prouni.”
Petrobrás x Petrobrax
Dilma falou que hoje é um dia histórico para o Brasil, porque a empresa que os tucanos chamavam de “dinossauro” (a Petrobras) se tornou a segunda maior empresa petrolífera do mundo, após captar R$ 120 bilhões no mercado de ações.
Ela comparou o modo como eles faziam para capitalizar a empresa, vendendo a participação do governo por migalhas.
“Eles venderam as ações da Petrobras e conseguiram US$ 7 bilhões. Hoje o presidente Lula participou de um ato em que a Petrobras conseguiu US$ 70 bilhões. Vendemos algum pedacinho da Petrobras para conseguir os US$ 70 bilhões? Não. Pelo contrário, aquilo que eles venderam da Petrobras nós compramos de volta para o Brasil e para o povo brasileiro”, afirmou.
A candidata disse que, quando o PT assumiu a presidência, Lula fez mais pelo povo, justamente o contrário do PSDB, que deixou o país quebrado, sem empregos e sem esperança. "Nós quando pudemos mais, porque estávamos no governo, fizemos mais. Por isso, tiramos 28 milhões da miséria, elevamos 36 milhões para a classe média, por isso geramos mais de 14 milhões de postos de trabalho", disse. "Eles [os demo-tucanos] fizeram menos quando governaram o país.”
Falou ainda das promessas eleitoreiras dos adversários da direita. “Entregaram esse país para o FMI decidir se tinha ou não aumento de salário mínimo. E o FMI disse: não tem. E eles acataram. Agora eles vêm dizer perto da eleição que vão dar aumento de salário mínimo. Nós não somos bobos, nós sabemos que quem fala é diferente de quem faz.”
Projeto nacional
Em seu último comício em Porto Alegre como presidente, Lula disse que se os eleitores quiserem a unidade do país em torno do projeto de desenvolvimento iniciado por ele, devem eleger Dilma para presidente. Pois ela é a única capaz de construir essa unidade e dar felicidade aos brasileiros. “Quem pode construir a unidade nesse país é essa mulher, sem ódio. Se vocês elegerem a Dilma, o destino desse país será de décadas e mais décadas de crescimento e felicidade para o povo”.


Fotos: Ichiro Guerra.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Escândalo Ary Rigo e André Puccinelli "Operação Uragano" a Globo não mostrou

Parte 1

Parte 2

Parte 3

Parte 4

Parte 5

PSOL abre voto para Paulo Paim

A Executiva do PSOL em reunião nesta manhã decidiu pela retirada da candidatura do Prof. Lucas ao senado para dar apoio aberto e explícito à Paulo Paim do PT.

Muito acertada na minha opinião, pois o senador Paim é sem dúvida nenhuma, o Senador do Rio Grande do Sul, e não apenas do PT.

Parabéns ao PSOL pelo ato de grandeza e reconhecimento de um lutador das causas do povo brasileiro.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Cloaca News: MANIFESTO EM DEFESA DO GOLPE

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Sobre certa notíciaestampada hoje no portal do marginais quatrocentões do Tietê, temos a dizer o seguinte:
 
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MANIFESTO EM DEFESA DO GOLPE

Em uma democracia, nenhum dos Poderes é soberano.

Soberana é a Constituição, pois é ela quem dá corpo e alma à soberania do povo.

Acima dos políticos estão as instituições, pilares do regime democrático. Hoje, no Brasil, os inconformados com a democracia representativa se organizam em certos veículos de imprensa para solapar o governo democrático e vitorioso do Presidente Lula.

É intolerável assistir ao uso de certos jornais, revistas e emissoras de rádio e TV como extensão de um partido político, máquina de assassinatos de reputação e de agressão à inteligência dos cidadãos.

É inaceitável que o Caixa 2 do PSDB tenha convertido certos órgãos de imprensa em centros de produção de dossiês contra adversários políticos.

É lamentável que a Rede Globo, a Folha, o Estadão e a Veja escondam dos noticiários que vemos as conquistas do país em que vivemos, no qual a miséria está sendo eliminada, a prosperidade é visível e a auto-estima do povo resgatada do limbo.

É inconcebível que uma das mais importantes democracias do mundo seja assombrada por uma forma de jornalismo pestilento, que, na certeza da impunidade, já não se preocupa mais nem mesmo em fingir honestidade.

É constrangedor que o Presidente da República seja achincalhado nas vinte e quatro horas do dia. Não há ''depois do expediente'' para um Chefe de Estado.

É aviltante que o governo financie a ação de grupos midiáticos que pregam abertamente um golpe de estado, propondo mecanismos autoritários de submissão de jornalistas independentes e blogs pés-de-chulé às determinações de um partido político e de seus interesses espúrios.

É repugnante que essa mesma máquina de moer biografias tenha sido mobilizada para reescrever a História, procurando desmerecer o trabalho de brasileiros e brasileiras que construíram as bases da estabilidade econômica e política, com o fim da inflação, a democratização do crédito, a inclusão social e outras transformações que tantos benefícios trouxeram ao nosso povo.

É um insulto à República que o Poder Judiciário seja tratado como mera extensão do Jardim Botânico, explicitando o intento de enrabar o Presidente. É um escárnio que o mesmo Presidente lamente publicamente o fato de ter de, em nome da Democracia, aturar essa corja de golpistas cheirosos.

Cumpre-nos, pois, combater essa visão regressiva do processo político, que supõe que o poder conquistado nas urnas ou a popularidade de um líder o obriguem a ouvir calado tanto desaforo. Propomos uma firme mobilização em favor de sua preservação, repudiando a ação daqueles que hoje usam de subterfúgios para solapá-las. É preciso brecar essa marcha para o autoritarismo.

Brasileiros erguem sua voz em defesa da Constituição, das instituições e da legalidade.

Não precisamos de imprensa golpista. Basta de canalhice!

O novo listão do governo Yeda


Lucas Azevedo – Carta Capital
Uma segunda lista com nomes que foram acessados com finalidade duvidosa pelo sargento da Brigada Militar que estava lotado no gabinete da governadora do RS, Yeda Crusius, foi divulgada nessa terça-feira. Mas como é costume o que vem acontecendo no cenário político gaúcho, a própria apresentação dos novos dados pelo Ministério Público geraram polêmica.
Durante a tarde, o promotor eleitoral Amilcar Macedo encaminhou à assessoria de imprensa do Ministério Público do RS a listagem para ser divulgada entre os veículos de comunicação. No entanto, o repasse foi impedido pela presidência do órgão. O motivo ainda é uma incógnita, já que a assessoria do MP apenas disse que foi instruída a não encaminhar o documento para que o órgão não se envolvesse oficialmente no episódio. O fato apenas serviu para o MPE entrar em uma briga que não era sua.
O impasse gerou um mal estar desnecessário. Além de apenas os veículos da RBS terem sido agraciados com o material, consta na lista de supostos espionados pelo gabinete da governadora a procuradora-geral de Justiça, Simone Mariano da Rocha. Em março de 2009, Simone foi nomeada por Yeda para o cargo em detrimento do então procurador geral, Mauro Henrique Renner, que recebeu 432 votos do colegiado, contra os 260 votos de Simone. Durante esta quarta-feira, é esperada uma manifestação oficial do MP. (A íntegra da matéria)

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Pronasci chega à Redenção


Matéria publicada na noite deste domingo (19) pelo site ClicRBS informa que o Parque da Redenção, em Porto Alegre, deverá receber equipamentos de segurança até meados de outubro. São cinco câmeras de vigilância, ao custo unitário de R$ 7 mil, acompanhadas por outros 20 equipamentos, que serão espalhados em pontos movimentados da capital, de acordo com o site.
“O investimento, de mais de R$ 1 milhão, é do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), do governo federal, e inclui a construção de uma sala de monitoramento na futura sede da SMDHSU, na Avenida Padre Cacique”, informa a matéria
Pronasci é um programa inovador de enfrentamento à criminalidade, criado por Tarso Genro no Ministério da Justiça. Articula políticas de segurança com ações sociais; prioriza a prevenção e busca atingir as causas que levam à violência, sem abrir mão das estratégias de ordenamento social e segurança pública.
Entre os principais eixos do Pronasci destacam-se a valorização dos profissionais de segurança pública; a reestruturação do sistema penitenciário; o combate à corrupção policial e o envolvimento da comunidade na prevenção da violência. Para o desenvolvimento do Programa, o governo federal investirá R$ 6,707 bilhões até o fim de 2012.
Além dos profissionais de segurança pública, o Pronasci tem também como público-alvo jovens de 15 a 24 anos à beira da criminalidade, que se encontram ou já estiveram em conflito com a lei; presos ou egressos do sistema prisional; e ainda os reservistas, passíveis de serem atraídos pelo crime organizado em função do aprendizado em manejo de armas adquirido durante o serviço militar.
Saiba mais aqui
Da redação, com informações dos sites ClicRBS e do Ministério da Justiça
Foto: Caco Argemi

Ana Amélia e o Funrural

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

STF desmente oposição e inocenta PT no caso do suposto ‘dossiê Vedoin’


Na terça-feira (14), a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter arquivado o recurso apresentado pela coligação que patrocinou a candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência da República nas eleições de 2006, contra decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que negou pedido de investigação de petistas no caso de suposta compra de um dossiê que vincularia políticos do PSDB à chamada “máfia dos sanguessugas”. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva era um dos acusados na representação arquivada no TSE.
O recurso da coligação “Por um Brasil decente” (PSDB/PFL) – um Agravo de Instrumento (AI) 706513 – chegou ao Supremo em março de 2008. Em março de 2010, o relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, arquivou o pedido. O objetivo da coligação era obter a reabertura das investigações sobre o caso. Contra a decisão individual do ministro Barbosa foi apresentado um agravo regimental, para levar o processo para análise da Turma.
Em decisão unânime, os ministros acompanharam o entendimento de Barbosa.
A coligação resolveu recorrer ao Supremo após o TSE arquivar, em abril de 2007, o pedido de investigação feito pela coligação de Alckmin. A Corte Eleitoral seguiu o voto do ministro César Asfor Rocha, que ressaltou como argumento principal a falta de provas reais contra os suspeitos de participar da negociação e de demonstração de que o episódio tinha o potencial de prejudicar a candidatura de tucanos.
Em setembro de 2006, a Polícia Federal apreendeu em São Paulo R$ 1,7 milhão com os petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos. O dinheiro seria usado para compra do dossiê Vedoin, com acusações a tucanos. Na representação apresentada no TSE, os aliados de Alckmin vinculavam o caso com a campanha de Lula.
Além do presidente Lula, a coligação pretendia que a Justiça Eleitoral investigasse o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, o empresário Valdebran Padilha, o advogado Gedimar Passos, e o ex-assessor da Presidência Freud Godoy.
No Supremo, a coligação alegou omissão do julgamento do TSE em relação às condutas imputadas a Ricardo Berzoini, Valdebran Padilha, Gedimar Passos e Freud Godoy. Pretendia que a decisão do TSE fosse anulada e que a instrução do processo fosse refeita.
Nesta tarde, o ministro Barbosa ressaltou que a decisão colegiada da Corte Eleitoral está devidamente fundamentada. “Houve descrição pormenorizada dos fatos alegados. Todas as condutas imputadas foram devidamente apreciadas à luz do conjunto probatório fornecido”.
Segundo ele, “nenhum dos argumentos utilizados pela agravante [a coligação] permite falar-se em ofensa aos princípios constitucionais do devido processo legal e do contraditório”.
Barbosa inclusive leu trechos do voto do relator do processo no TSE que enfatizam que, em nenhum momento ficou demonstrado que “as quantias de dinheiro arrecadadas de Valdebran Carlos Padilha e Gedimar Pereira Passos pertenciam ao PT ou foram-lhes repassada pelo partido”.
Em outro trecho lido pelo ministro Barbosa, Asfor Rocha afirma que as alegações da coligação adversária do PT de que o dinheiro apreendido seria oriundo do chamado “caixa dois do PT” resultam de “sua elaboração abstrata, descalçada de qualquer elemento material que possa servir de suporte a essa conclusão”.

Charges

Duke


Marco A.

RBS tinha dez senhas do governo Yeda para espionar desafetos

Depois de admitir, por meio de nota publicada no tabloide venalZero Hora, que o araponga lotado na Casa Militar do PalácioPiratini era informante do Grupo RBS (afiliado da Globo no RS e em SC), o império mafiomidiático gaúcho está às voltas com mais uma sarna: pelo menos dez senhas de acesso ao Sistema de Consultas Integradas da Secretaria de Segurança foram distribuídas pelo governo Yeda Crusius (PSDB) aos repórteres do conglomerado da Famiglia Sirotsky. A informação foi veiculada pelo Twitter do jornalista Vitor Vieira, profissional que passa longe de ser considerado um “petista”.
Com a revelação, a sociedade passa a conhecer melhor as outras fontes “jornalísticas” da corporação. Como se sabe, os veículos daRBS também costumam basear seus “furos de reportagem” em materiais apócrifos e anônimos encontrados nos latões de lixodos estacionamentos de Porto Alegre.
Até o momento, a laboriosa colunista-abelha de ZH e o operoso comentarista-vendedor-de-salames da RBS não se manifestaram sobre a violação, pela empresa, de seu próprio Código de Ética.
Aguardam-se, para breve, as posições da ARI (Associação Rio-grandense de Impresa), da ANJ (Associação Nacional de Jornais), da ABI (Associação Brasileira de Imprensa) e do Sindicato dos Jornalistas. 


Nota do blog: Será que a liberdade de imprensa abrange a liberdade de espionar as pessoas com o aval e senha do governo?

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Criado o movimento em apoio ao Jornal JÁ de Porto Alegre

Um público de 50 pessoas composto por jornalistas e representantes de entidades sindicais e da sociedade civil se reuniu na manhã de sábado (11 de setembro) em apoio ao Jornal JÁ de Porto Alegre, cuja saúde financeira está ameaçada por uma indenização de100 mil reais cobrada judicialmente pela família Rigotto.

Na mesma sala da Associação Riograndense de Imprensa (ARI) onde, em agosto de 1974 foi realizada a assembléia de fundação da CooJornal – iniciativa que entrou para a história do jornalismo e que foi um modelo de organização em plena ditadura militar – foi fundado o Movimento Resistência JÁ, cujo objetivo é impedir a extinção do veículo comunitário de 25 anos.

“A situação que vive o Jornal JÁ atualmente guarda muitas semelhanças com a forma que terminou a CooJornal. No mínimo, conta também com o amplo silêncio da mídia”, criticou o diretor da JÁ Editores e editor do JÁ, Elmar Bones.

O Jornal JÁ foi condenado pela Justiça a pagar uma indenização de 100 mil reais à viúva Julieta Vargas Rigotto, mãe do ex-governador do Rio Grande do Sul e atual candidato ao Senado pelo PMDB, Germano Rigotto.

O motivo da ação é uma reportagem publicada em 2001 – vencedora do Prêmio ARI de Jornalismo daquele ano – que resgata documentos e aponta o envolvimento de Lindomar Rigotto, filho de Julieta e irmão do ex-governador gaúcho, em uma fraude que desviou cerca de 800 milhões de reais (em valores atualizados) da antiga CEEE.

“Germano Rigotto tenta se isentar dos problemas que nos causa essa ação. Mas a verdade é que sofremos um tremendo efeito político com essa condenação, pois é a família de um ex-governador que está processando um jornal. Não conseguimos anúncios, pois as grandes agências não querem se indispor”, revelou Bones.

Sentenças contraditórias marcam o processo

Elmar Bones chamou atenção para o fato de que a própria Justiça havia considerado improcedentes as acusações pretendidas pela família Rigotto em um processo análogo. Julieta Vargas Rigotto ajuizou duas ações, uma penal contra o jornalista e outra cível contra a editora responsável pelo jornal.

Apesar de o conteúdo de ambas ser idêntico, Elmar Bones foi absolvido porque, segundo a juíza Isabel de Borba Lucas, “não se afastou da linha narrativa e teve por finalidade o interesse público, não agindo com intenção de ofender a honra do falecido Lindomar Vargas Rigotto”. Entretanto, a editora foi condenada.

“Não acho justo pagar a indenização – ainda que na época tivéssemos dinheiro para isso. Mas trata-se de uma matéria correta, bem apurada e que teve como motivação o interesse público no assunto”, protesta o diretor do JÁ.

Em agosto a Justiça determinou a presença de um interventor na redação do JÁ para garantir o repasse de uma verba mensal à viúva. E mais recentemente, bloqueou as contas correntes dos dois sócios da editora – Elmar Bones e Kenny Braga.

Matéria apontou a maior fraude da história gaúcha

A matéria em questão parte do assassinato de Lindomar, em fevereiro de 1999, quando saía da boate Ibiza na praia de Atlântida, da qual era sócio, após contar a feria da última noite de Carnaval.  Dois meses antes de ser assassinado, havia sido indiciado pela morte de uma garota de programa que caiu da janela de seu apartamento na rua Duque de Caxias, no centro de Porto Alegre.

O empresário da noite também estava com seus bens declarados indisponíveis pela Justiça por ser suspeito de desviar verbas públicas. Foi esse processo que o jornal JÁ resgatou na matéria, fruto de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembléia Legislativa e de uma investigação conduzida pelo Ministério Público.

Lindomar foi considerado o protagonista de um desvio de cerca de 800 milhões de reais da CEEE, através do direcionamento de uma licitação. Segundo o depoimento à CPI do secretário de Minas e Energia do governo Pedro Simom (PMDB) Alcides Saldanha o cargo que Lindomar ocupava na estatal de energia havia sido criado sob medida para ele, por pressão do então líder governista na Assembléia, Germano Rigotto.

O processo que derivou dessas investigações vai completar 15 anos em fevereiro, e está em segredo de Justiça, embora tenha sido gerado a partir de uma ação civil pública.

Movimento Resistência JÁ cria duas frentes de atuação

O movimento em apoio ao Jornal JÁ definiu duas frentes prioritárias de ação para os próximos dias. A primeira é ampliar ao máximo a divulgação dos fatos e a segunda, buscar recursos emergenciais para garantir a circulação da próxima edição do jornal.

Aqueles que tiverem interesse em integrar-se ao grupo ou que desejarem receber informações sobre o caso podem escrever para comite.resistenciaja@gmail.com. Também é possível entrar em contato com a redação do Jornal JÁ a través do telefone 3330.7272.

Bomba política no colo de Rigotto

O escândalo da CEEE, antiga estatal de energia do Rio Grande do Sul, sai do limbo para assombrar a campanha do ex-governador Germano Rigotto (PMDB) ao Senado: a juíza Fabiane Zilles, da 2ª Vara da Fazenda Pública, deu por "concluso" o processo do desvio de R$ 840 milhões pela quadrilha que seria chefiada por Lindomar Rigotto, que foi indicado diretor financeiro da empresa pelo irmão Germano, então líder do governo de Pedro Simon. É a maior fraude na História gaúcha.


Longo caminho


O "Caso CEEE", com 110 volumes, tramitava há 15 anos em "segredo de Justiça" e envolve 12 pessoas e 11 empresas.


Chocada


A então secretária de Energia do governador Alceu Collares, uma certa Dilma Roussef, definiu assim a fraude na CEEE: "Eu nunca tinha visto nada igual".


Meta 2 no CNJ


O processo da CEEE está sob o carimbo de "Meta 2 CNJ", programa do Conselho Nacional de Justiça para limpar prateleiras do Judiciário.


Más notícias


Outra má notícia para Rigotto foi o último Ibope: ele está em terceiro, atrás de Ana Amélia Lemos (PP), com 49%, e Paulo Paim (PT), 40%.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Amaury repete à PF que não violou sigilo. Dados da filha de Serra são públicos

reproduzindo o PHA do Conversa Afiada

O Conversa Afiada acaba de receber um documento sob a forma da “Nota de esclarecimento”, assinado pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr, da TV Record.

Trata-se de súmula do depoimento que prestou hoje à Polícia Federal em São Paulo, a propósito da “Operação Caribe” sobre lavagem de dinheiro.

O depoimento é em torno do livro que Amaury lançará em breve e que já aloprou Serra – clique aqui para ler “O Livro que aloprou Serra”.

Como leitura complementar, leia o que Leandro Fortes e a Carta Capital publicaram: como a filha de Serra e a irmã de Dantas abriram 50 milhões de sigilos fiscais e o Governo FHC/Serra abafou.

Neste documento, Amaury reafirma que suas fontes são públicas.

Não violou nenhum sigilo na Receita.

E o mais importante: todos os documentos de seu livro estão, desde hoje, de posse da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, além das promotorias distritais de Miami e de Nova York.

Vai chover pena de tucano para todo lado.

Para ajudar o amigo navegante a entender a questão, o Conversa Afiada publica a “Nota de Esclarecimento”





E e o post que aloprou Serra e trata, com detalhes, da filha do Serra e de seu genro :
Livro desnuda a relação de Serra com Dantas. É por isso que Serra se aloprou

O Conversa Afiada recebeu de amigo navegante mineiro o texto que serve de introdução ao livro “Os porões da privataria” de Amaury Ribeiro Jr., que será lançado logo depois da Copa, em capítulos, na internet.

Vai desembarcar na eleição.

É um trabalho de dez anos de Amaury Ribeiro Jr, que começou quando ele era do Globo e se aprofundou com uma reportagem na IstoÉ sobre a CPI do Banestado.

Não são documentos obtidos com espionagem – como quer fazer crer o PiG (*), na feroz defesa de Serra.

É o resultado de um trabalho minucioso, em cima de documentos oficiais e de fé pública.

Um dos documentos  Amaury Ribeiro obteve depois de a Justiça lhe conceder “exceção da verdade”, num processo que Ricardo Sergio de Oliveira move contra ele. E perdeu.

O processo onde se encontram muitos documentos foi emcaminhado à Justiça pelo notável tucano Antero Paes e Barros e pelo relator da CPI  do Banestado, o petista José Mentor.

Amaury mostra, pela primeira vez, a prova concreta de como, quanto e onde Ricardo Sergio recebeu pela privatização.

Num outro documento, aparece o ex-sócio de Serra e primo de Serra, Gregório Marin Preciado no ato de pagar mais de US$ 10 milhões a uma empresa de Ricardo Sergio.

As relações entre o genro de Serra e o banqueiro Daniel Dantas estão esmiuçadas de forma exaustiva nos documentos a que Amaury teve acesso. O escritório de lavagem de dinheiro Citco Building, nas Ilhas Virgens britânicas, um paraíso fiscal, abrigava a conta de todo o alto tucanato que participou da privataria.

Não foi a Dilma quem falou da empresa da filha do Serra com a irmã do Dantas. Foi o Conversa Afiada.
Que dedica a essa assunto – Serra com Dantas – uma especial atenção.

Leia a introdução ao livro que aloprou o Serra:

Os porões da privataria


Quem recebeu e quem pagou propina. Quem enriqueceu na função pública. Quem usou o poder para jogar dinheiro público na ciranda da privataria. Quem obteve perdões escandalosos de bancos públicos. Quem assistiu os parentes movimentarem milhões em paraísos fiscais. Um livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que trabalhou nas mais importantes redações do país, tornando-se um especialista na investigação de crimes de lavagem do dinheiro, vai descrever os porões da privatização da era FHC. Seus personagens pensaram ou pilotaram o processo de venda das empresas estatais. Ou se aproveitaram do processo. Ribeiro Jr. promete mostrar, além disso, como ter parentes ou amigos no alto tucanato ajudou a construir fortunas. Entre as figuras de destaque da narrativa estão o ex-tesoureiro de campanhas de José Serra e Fernando Henrique Cardoso, Ricardo Sérgio de Oliveira, o próprio Serra e três dos seus parentes: a filha Verônica Serra, o genro Alexandre Bourgeois e o primo Gregório Marin Preciado. Todos eles, afirma, tem o que explicar ao Brasil.


Ribeiro Jr. vai detalhar, por exemplo, as ligações perigosas de José Serra com seu clã. A começar por seu primo Gregório Marín Preciado, casado com a prima do ex-governador Vicência Talan Marín. Além de primos, os dois foram sócios. O “Espanhol”, como (Marin) é conhecido, precisa explicar onde obteve US$ 3,2 milhões para depositar em contas de uma empresa vinculada a Ricardo Sérgio de Oliveira, homem-forte do Banco do Brasil durante as privatizações dos anos 1990. E continuará relatando como funcionam as empresas offshores semeadas em paraísos fiscais do Caribe pela filha – e sócia — do ex-governador, Verônica Serra e por seu genro, Alexandre Bourgeois. Como os dois tiram vantagem das suas operações, como seu dinheiro ingressa no Brasil …


Atrás da máxima “Siga o dinheiro!”, Ribeiro Jr perseguiu o caminho de ida e volta dos valores movimentados por políticos e empresários entre o Brasil e os paraísos fiscais do Caribe, mais especificamente as Ilhas Virgens Britânicas, descoberta por Cristóvão Colombo em 1493 e por muitos brasileiros espertos depois disso. Nestas ilhas, uma empresa equivale a uma caixa postal, as contas bancárias ocultam o nome do titular e a população de pessoas jurídicas é maior do que a de pessoas de carne e osso. Não é por acaso que todo dinheiro de origem suspeita busca refúgio nos paraísos fiscais, onde também são purificados os recursos do narcotráfico, do contrabando, do tráfico de mulheres, do terrorismo e da corrupção.


A trajetória do empresário Gregório Marin Preciado, ex-sócio, doador de campanha e primo do candidato do PSDB à Presidência da República mescla uma atuação no Brasil e no exterior. Ex-integrante do conselho de administração do Banco do Estado de São Paulo (Banespa), então o banco público paulista – nomeado quando Serra era secretário de planejamento do governo estadual, Preciado obteve uma redução de sua dívida no Banco do Brasil de R$ 448 milhões (1) para irrisórios R$ 4,1 milhões. Na época, Ricardo Sérgio de Oliveira era diretor da área internacional do BB e o todo-poderoso articulador das privatizações sob FHC.


(Ricardo Sergio é aquele do “estamos no limite da irresponsabilidade. Se  der m… “, o momento Péricles de Atenas do Governo do Farol – PHA)

Ricardo Sérgio também ajudaria o primo de Serra, representante da Iberdrola, da Espanha, a montar o consórcio Guaraniana. Sob influência do ex-tesoureiro de Serra e de FHC, mesmo sendo Preciado devedor milionário e relapso do BB, o banco também se juntaria ao Guaraniana para disputar e ganhar o leilão de três estatais do setor elétrico (2).


O que é mais inexplicável, segundo o autor, é que o primo de Serra, imerso em dívidas, tenha depositado US$ 3,2 milhões no exterior através da chamada conta Beacon Hill, no banco JP Morgan Chase, em Nova York.  É o que revelam documentos inéditos obtidos dos registros da própria Beacon Hill em poder de Ribeiro Jr. E mais importante ainda é que a bolada tenha beneficiado a Franton Interprises. Coincidentemente, a mesma empresa que recebeu depósitos do ex-tesoureiro de Serra e de FHC, Ricardo Sérgio de Oliveira, de seu sócio Ronaldo de Souza e da empresa de ambos, a Consultatun. A Franton, segundo Ribeiro, pertence a Ricardo Sérgio.


A documentação da Beacon Hill levantada pelo repórter investigativo radiografa uma notável movimentação bancária nos Estados Unidos realizada pelo primo supostamente arruinado do ex-governador. Os comprovantes detalham que a dinheirama depositada pelo parente do candidato tucano à Presidência na Franton oscila de US$ 17 mil (3 de outubro de 2001) até US$ 375 mil (10 de outubro de 2002). Os lançamentos presentes na base de dados da Beacon Hill se referem a três anos. E indicam que Preciado lidou com enormes somas em dois anos eleitorais – 1998 e 2002 – e em outro pré-eleitoral – 2001. Seu período mais prolífico foi 2002, quando o primo disputou a presidência contra Lula. A soma depositada bateu em US$ 1,5 milhão.


O maior depósito do endividado primo de Serra na Beacon Hill, porém, ocorreu em 25 de setembro de 2001. Foi quando destinou à offshore Rigler o montante de US$ 404 mil. A Rigler, aberta no Uruguai, outro paraíso fiscal, pertenceria ao doleiro carioca Dario Messer, figurinha fácil desse universo de transações subterrâneas. Na operação Sexta-Feira 13, da Polícia Federal, desfechada no ano passado, o Ministério Público Federal apontou Messer como um dos autores do ilusionismo financeiro que movimentou, através de contas no exterior, US$ 20 milhões derivados de fraudes praticadas por três empresários em licitações do Ministério da Saúde.


O esquema Beacon Hill enredou vários famosos, entre eles o banqueiro Daniel Dantas. Investigada no Brasil e nos Estados Unidos, a Beacon Hill foi condenada pela justiça norte-americana, em 2004, por operar contra a lei.


Percorrendo os caminhos e descaminhos dos milhões extraídos do país para passear nos paraísos fiscais, Ribeiro Jr. constatou a prodigalidade com que o círculo mais íntimo dos cardeais tucanos abre empresas nestes édens financeiros sob as palmeiras e o sol do Caribe. Foi assim com Verônica Serra. Sócia do pai na ACP Análise da Conjuntura, firma que funcionava em São Paulo em imóvel de Gregório Preciado, Verônica começou instalando, na Flórida, a empresa Decidir.com.br,  em sociedade com Verônica Dantas, irmã e sócia  do banqueiro Daniel Dantas, que arrematou várias empresas nos leilões de privatização realizados na era FHC.


Financiada pelo banco Opportunity, de Dantas, a empresa possui capital de US$ 5 milhões. Logo se transfere com o nome Decidir International Limited para o escritório do Ctco Building, em Road Town, ilha de Tortola, nas Ilhas Virgens Britânicas. A Decidir do Caribe consegue trazer todo o ervanário para o Brasil ao comprar R$ 10 milhões em ações da Decidir do Brasil.com.br, que funciona no escritório da própria Verônica Serra, vice-presidente da empresa. Como se percebe, todas as empresas tem o mesmo nome. É o que Ribeiro Jr. apelida de “empresas-camaleão”. No jogo de gato e rato com quem estiver interessado em saber, de fato, o que as empresas representam e praticam é preciso apagar as pegadas. É uma das dissimulações mais corriqueiras detectada na investigação.


Não é outro o estratagema seguido pelo marido de Verônica, o empresário Alexandre Bourgeois. O genro de Serra abre a Iconexa Inc no mesmo escritório do Ctco Building, nas Ilhas Virgens Britânicas, que interna dinheiro no Brasil ao investir R$ 7,5 milhões em ações da Superbird. com.br que depois muda de nome para  Iconexa S.A…Cria também a Vex capital no Ctco Building, enquanto Verônica passa a movimentar a Oltec Management no mesmo paraíso fiscal. “São empresas-ônibus”, na expressão de Ribeiro Jr., ou seja, levam dinheiro de um lado para o outro.


De modo geral, as offshores cumprem o papel de justificar perante o Banco Central e à Receita Federal a entrada de capital estrangeiro por meio da aquisição de cotas de outras empresas, geralmente de capital fechado, abertas no país. Muitas vezes, as offshores compram ações de empresas brasileiras em operações casadas na Bolsa de Valores. São frequentemente operações simuladas tendo como finalidade única internar dinheiro nas quais os procuradores dessas offshores acabam comprando ações de suas próprias empresas… Em outras ocasiões, a entrada de capital acontecia através de sucessivos aumentos de capital da empresa brasileira pela sócia cotista no Caribe, maneira de obter do BC a autorização de aporte do capital no Brasil. Um emprego alternativo das offshores é usá-las para adquirir imóveis no país.


Depois de manusear centenas de documentos, Ribeiro Jr. observa que Ricardo Sérgio, o pivô das privatizações — que articulou os consórcios usando o dinheiro do BB e do fundo de previdência dos funcionários do banco, a Previ, “no limite da irresponsabilidade” conforme foi gravado no famoso “Grampo do BNDES” — foi o pioneiro nas aventuras caribenhas entre o alto tucanato. Abriu a trilha rumo às offshores e as contas sigilosas da América Central ainda nos anos 1980. Fundou a offshore Andover, que depositaria dinheiro na Westchester, em São Paulo, que também lhe pertenceria…


Ribeiro Jr. promete outras revelações. Uma delas diz respeito a um dos maiores empresários brasileiros, suspeito de pagar propina durante o leilão das estatais, o que sempre desmentiu. Agora, porém, existe evidência, também obtida na conta Beacon Hill, do pagamento da US$ 410 mil por parte da empresa offshore Infinity Trading, pertencente ao empresário, à Franton Interprises, ligada a Ricardo Sérgio.


(1)A dívida de Preciado com o Banco do Brasil foi estimada em US$ 140 milhões, segundo declarou o próprio devedor. Esta quantia foi convertida em reais tendo-se como base a cotação cambial do período de aproximadamente R$ 3,2 por um dólar.

(2)As empresas arrematadas foram a Coelba, da Bahia, a Cosern, do Rio Grande do Norte, e a Celpe, de Pernambuco.



(*) PiG: Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Desespero apequenou criatividade tucana?

Já está online a carta publicada hoje no "Painel do Leitor" da Folha de S.Paulo (página 3 do impresso) em que a dramaturga Consuelo de Castro expõe sua revolta contra o uso de meu nome e imagem feito pela oposição, de forma torpe e caluniosa, na propaganda eleitoral do candidato da oposição, José Serra (PSDB-DEM-PPS), na TV. Geralmente disponibilizo para os leitores aqui do blog linkando para o jornal, mas como, às vezes, o jornal disponibiliza o material apenas para assinantes, transcrevo abaixo a íntegra da carta da Consuelo de Castro:

"Será que o PSDB - um partido com tão longa folha de serviços prestados à democracia brasileira – precisa mesmo desse insert publicitário ridículo, em que José Dirceu é apresentado como uma espécie de Coringa - o vilão número 1 do Batman - que supostamente viria assombrar o país, em caso de vitória de Dilma Rousseff?

Será que não há nada mais para dizer a favor de si próprio além desse apelo de gibi? Os marqueteiros que criaram peça tão infame e risível conhecem, de fato, a história do partido que estão defendendo? Ou a imaginação se apequenou na medida em que o desespero cresceu? 


Consuelo de Castro, dramaturga"
Fonte: http://www.zedirceu.com.br

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Novo escândalo atinge governo Yeda Crusius


A Polícia Federal, o Ministério Público Estadual e o Ministério Público de Contas deflagaram hoje a Operação Mercari que apura possíveis desvios de recursos da área de marketing com prejuízo para o Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul). O nome da operação, Mercari, vem do latim: “comprar para vender”, “comércio”.

A força tarefa constituída pelos três órgãos investiga a ação de uma suposta organização criminosa, integrada por um alto funcionário do banco, agências de publicidade e prestadores de serviços, que pode ter causado um prejuízo de mais de 10 milhões de reais nos últimos 18 meses. Segundo nota divulgada pela Superintendência da Polícia Federal no RS, “o esquema se daria através de superfaturamento na produção de ações de marketing contratadas junto a agências, as quais eram terceirizadas a empresas que, por sua vez, subcontratariam os reais executores dos serviços a preços muito menores do que aqueles cobrados do banco”.

A Justiça Estadual, acionada pelo MP Estadual, autorizou o compartilhamento de informações com o MP de Contas que, por sua vez, requereu ao Tribunal de Contas do Estado uma inspeção especial no Banrisul. A Polícia Federal atua na operação por causa da existência de indícios de crimes de evasão de divisas, ocultação de bens e valores e sonegação fiscal. A PF cumpriu hoje, atendendo determinação judicial estadual, 11 mandados de busca e apreensão, sendo 10 em porto Alegre e um em Gravataí, com a participação de 76 policiais. Três suspeitos foram presos. Segundo a jornalista Adriana Irion, de Zero Hora, os nomes são: o superintendente de marketing do Banrisul, Walney Fehlberg, um funcionário da agência SL&M, Gilson Storke, e um diretor da DCS, Armando D’Elia Neto. Eles foram presos em flagrante por peculato e lavagem de dinheiro. A PF encontrou em suas residências empresas cerca de R$ 2 milhões sem origem identificada.

Recordar é viver: “Hoje é o Detran, no passado foi o Daer. Depois foi o Banrisul, depois a CEEE”




As denúncias envolvendo o Banrisul atualizam um dos temas mais polêmicos e explosivos do governo Yeda Crusius: as denúncias feitas pelo vice-governador Paulo Feijó (DEM) sobre irregularidades na gestão do banco e a famosa conversa que manteve, no dia 26 de maio de 2008, com o então chefe da Casa Civil do governo estadual, Cezar Busatto, quando este afirmou, entre outras coisas, que o Banrisul seria usado para financiar campanhas eleitorais do PMDB. As palavras de Busatto:
“Hoje é o Detran, no passado foi o Daer. Quantos anos o Daer sustentou? Na época das obras polpudas. Depois foi o Banrisul, depois a CEEE. Se tu vai ver é onde os partidos querem controlar. Não querem saber se é área social. Onde têm as possibilidades de financiamento, pode ter certeza que tem interesses poderosos aí controlando. Então, é uma coisa mais profunda que está em jogo, né?”
“Eu não tenho dúvida de que o Detran é uma grande fonte de financiamento (do PP). Não é verdade? E o Banrisul com certeza, nesses quatro anos (…) O custo que teria ela (a governadora) ter que romper com Zé Otávio, Pedro Simon…”
Mas as denúncias de Feijó não se limitaram a este episódio. Em maio de 2008, um dia depois de defender a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, na Assembléia Legislativa, para investigar irregularidades envolvendo contratos do Banrisul, o vice-governador Paulo Feijó denunciou o desvio de cerca de R$ 18 milhões dos cofres públicos. Segundo Feijó, esse dinheiro teria saído do banco para a Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, sem ser contabilizado.
Segundo Feijó, em 2006, o banco teria repassado R$ 24 milhões para a Faurgs. No mesmo período, denunciou, foi contabilizada a entrada de apenas R$ 6 milhões na fundação. Uma empresa terceirizada que prestaria serviços exclusivamente para a fundação teria recebido o restante. Feijó disse que sua denúncia estava baseada em um documento resultante das investigações feitas pelo Ministério Público. Ele entregou esse documento à governadora Yeda Crusius, mas não teria obtido retorno. Feijó disse na época que que tomou conhecimento das irregularidades ainda durante o governo de Germano Rigotto (PMDB), mas que, na época, era apenas líder de uma entidade sindical (a Federasul). Indagado sobre as semelhanças entre as denúncias de irregularidades no Banrisul e as verificadas no Detran, Feijó afirmou na época: “se não são iguais, são muito parecidas”.
Extraído do RSUrgente