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terça-feira, 29 de março de 2011

“Todo mundo era bom depois de morrer. Alencar era bom em vida”, chorou Lula



Extraído do blog Os Amigos do Presidente Lula:


Foi em prantos que a presidenta Dilma e Lula falaram da morte de José Alencar, pouco depois de serem informados pelo médico do ex-vice-presidente.


“Todo mundo era bom depois de morrer. Alencar era bom em vida”, chorou Lula.


A visita de ambos a Portugal foi encurtada. Lula dedicará a Alencar o título de doutor honoris causa na Universidade de Coimbra, na manhã de quarta-feira, e ambos voltam ao Brasil em seguida. A presidenta cancelou a agenda oficial em Portugal que deveria ocorrer na quarta-feira à tarde.


A presidenta informou que a família de Alencar aceitou que o corpo seja velado no Palácio do Planalto. O governo decretará luto oficial de sete dias. (com informações do Valor)

segunda-feira, 28 de março de 2011

Promessa de campanha sai do papel

Rede Cegonha vai funcionar como corrente de cuidados especiais, diz Dilma
A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (28) que a Rede Cegonha vai funcionar como uma corrente de cuidados especiais para as gestantes. Segundo ela, um país pode ser medido pela atenção que dá às mães e aos bebês. O programa prevê investimentos de R$ 9 bilhões e será lançado hoje (28) em Belo Horizonte (MG).
Em seu programa semanal Café com a Presidenta, Dilma explicou que o objetivo é começar a agir cedo, antes do nascimento da criança, para que haja maior qualidade de vida para a gestante e melhores condições para o parto.
A Rede Cegonha será ligada ao Sistema Único de Saúde (SUS). A mulher que chegar a uma unidade estadual ou municipal informando que está grávida ou que há suspeita de gestação deverá passar, inicialmente, por um teste rápido. “Vamos começar o pré-natal ali, no primeiro contato com a gestante, para incentivá-la a fazer um pré-natal completo, como é o recomendado”, disse Dilma.
De acordo com a presidenta, o governo federal vai garantir recursos para o deslocamento da gestante às consultas e exames por meio de um vale-transporte. Ao final da gestação, se a mãe tiver cumprido todo o pré-natal, receberá também um vale-táxi para ir à maternidade.
Atualmente, cerca de 90% das gestantes brasileiras realizam as quatro consultas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A Rede Cegonha pretende ampliar o número para seis.
O SUS recomenda ainda 20 tipos de exames às gestantes e, com o programa, testes como a ultrassonografia deverão ser incluídos no pré-natal. Caso seja detectada uma gravidez de risco, nove tipos de exames complementares também terão recursos garantidos.
A gestante poderá conhecer, com antecedência, a maternidade para a qual será encaminhada e vai ser estimulada a fazer parto normal. O governo federal pretende criar ainda casas da gestante e casas do bebê, unidades localizadas dentro de maternidades de alto risco.
“A mulher pode precisar ficar nessas casas antes do parto, caso não tenha indicação de ficar internada mas precise continuar sendo observada. Elas podem também ser indicadas depois do parto, quando o bebê está em uma UTI [unidade de terapia intensiva] ou não possa, por nenhum motivo, ir para casa”, explicou Dilma.
Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil
Edição: Graça Adjuto

Quero uma lápide assim!!!

Aos meus familiares e amigos, peço atenção sobre a minha última morada.
Lembrem dos bons momentos em que passamos juntos, as conversas, discussões, risadas e tristezas.
Gostaria que pelo menos a visita ao meu túmulo não fosse em vão.

Claro, espero que este dia não chegue tão cedo!!!

quinta-feira, 24 de março de 2011

Os salários sem teto do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul

Estamos cada vez mais indiferentes a tudo.
Na última terça-feira, entrevistei no Esfera Pública, da Rádio Guaíba, Amauri Perusso, vice-presidente do Centro dos Auditores Públicos do Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul.
Fiquei surpreso. O homem fala sem meias palavras.
Perguntei-lhe: tem nepotismo no Tribunal de Contas?
Ele respondeu afirmativamente sem pestanejar.
Um passarinho me assoprou dados sobre irregularidades no Tribunal de Justiça.
Perguntei-lhe se era verdade que no Tribunal de Justiça todos os desembargadores ganhariam muito acima do teto de R$ 26 mil, chegando a mais de $ 40 mil, com o acréscimo de mais de 70 itens ilegais.
Respondeu na bucha que sim. 
Confirmou que, se a lei for aplicada, o Tribunal de Justiça terá de devolver mais de R$ 600 milhões aos cofres públicos. 
Outro passarinho me disse que são mais de R$ 800 milhões.
Perguntei-lhe se do ponto de vista dos auditores, aqueles que examinam as contas do Estado, houve déficit zero no governo Yeda Crusius? Respondeu sem hesitar: "Não".
Pensei no poeta: que país é este?
Que Estado é este em que o Tribunal de Justiça  brinda-se com salários sem teto, estratosféricos, e, apesar dos auditores flagrarem o descalabro, nada acontece.
Bem, O Tribunal de Justiça ainda não foi oficialmente informado da sua situação.
A imprensa, porém, já está a par.
E a população? O que diz?


Postado no blog do Juremir Machado da Silva

terça-feira, 22 de março de 2011

A cidade se veste com seu mobiliário

Uma cidade é lembrada pela sensação de acolhida ou de hostilidade que nos causa. Um ambiente bem cuidado faz toda a diferença. Tal como uma pessoa, importa tanto o cuidado no vestir quanto com a higiene. Como considerar a beleza de alguém quando sua proximidade acusa falta de banho, roupas desleixadas, mau hálito? A cidade se veste com paradas de ônibus, bancos, espaços públicos de lazer, calçadas limpas e sem armadilhas a pés incautos.
A cidade que trata bem aqueles que nela estão, tem seus caminhos e espaços indicados convenientemente, permitindo fluir de forma organizada. Não é possível apreciar quando a preocupação está toda voltada a se localizar num emaranhado de ruas sem nome, quando caminhar é arte de desviar de buracos e sujeira, esperar um ônibus é provação no sol ou na chuva.
Há tempos Porto Alegre abandonou qualquer política em relação ao mobiliário urbano. Há alguns anos houve
tentativa de qualificar o espaço público através de licitação, tendo sido previsto um conjunto de paradas de
ônibus padrão, inclusive com um pequeno banco e espaço para publicidade, como contrapartida ao empreendedor. Podia não ser o modelo mais bonito, mas tinha a grande vantagem de manter a parada iluminada à noite, justamente devido ao espaço publicitário com luz. Havia sombra em dias de sol, abrigo para a chuva e vento.

Atualmente as paradas foram abandonadas. Quando cobrado sobre o assunto, o Poder Público se omite, deixando sem resposta aqueles que sofrem diariamente, esperando, em pé, por ônibus que não costumam cumprir seus horários. Também as calçadas estão ao “Deus dará”, com a alegação de que sua manutenção é de responsabilidade do proprietário do imóvel, o governo municipal se omite de fiscalizar.
É inconcebível que uma cidade com o encanto do Guaíba, a beleza de seus morros, de seu Centro Histórico, tenha que conviver com sacos de lixo espalhados, catadores disputando resíduos, cachorros famintos e o mau cheiro que obriga o cidadão a tapar o nariz. Há equipamentos modernos para a conteinerização do lixo, esteticamente adequados, funcionais. Basta vontade e organização para implantá-los.
Defendo a ideia de que é possível à municipalidade realizar licitações públicas, dividindo a cidade em três, quatro ou cinco regiões, de forma que empresas possam disputar a colocação das mais diversas peças do mobiliário urbano nos espaços públicos, como brinquedos e praças de esportes nas praças, manutenção de espaços de lazer e preservação de espaços públicos, mediante a contrapartida da publicidade.
Para que isso ocorra, cabe ao prefeito o papel de maestro na orquestração das mudanças necessárias.
* Adeli Sell é vereador e presidente do PT-POA

Atropelador de ciclistas é denunciado por 17 tentativas qualificadas de homicídio

Ramiro Furquim/Sul21

O Ministério Público do RS denunciou nesta segunda-feira (21) o bancário Ricardo José Neis por 17 tentativas de homicídio triplamente qualificadas. Neis era o motorista do Golf preto que atropelou ciclistas integrantes do grupo Massa Crítica em Porto Alegre, no final de fevereiro. Como agravantes, o MP cita crime cometido por motivo fútil, mediante meio que resultou em perigo comum e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas.
Em sua decisão, a promotora Lúcia Helena Callegari considera que, no momento em que acelerou sobre as vítimas, o motorista deu início ao ato de matar, o que se comprova pelos vários ferimentos descritos nos boletins de atendimento médico das vítimas. Além disso, a promotora afirma que os atos criminosos demonstram “extremo egoísmo e individualismo”, já que o ataque ocorreu como reação desproporcional à incapacidade do veículo avançar com rapidez pela via pública tomada pelos ciclistas. Além disso, o fato de ter atingido ciclistas pelas costas, muitos deles distraídos, e com um veículo em alta velocidade também caracteriza, segundo a juíza do MP, agravante para a atitude criminosa do acusado.
No momento, Ricardo José Neis encontra-se detido no Presídio Central, depois de decisão da juíza Rosane Michels, que ordenou que o bancário fosse removido do Hospital Parque Belém, zona sul de Porto Alegre. O bancário havia sido internado no hospital a pedido de seus advogados, sob a alegação de stress pós-traumático e risco de suicídio. O motorista também teve negado pedido de habeas corpus, já que o desembargador Odone Sanguiné, da 3ª Câmara Criminal do TJRS, concluiu não haver ilegalidade evidente que justificasse a concessão de liberdade provisória.
Ricardo José Neis pilotava um Golf preto no começo da noite de 25 de fevereiro, quando atropelou ciclistas ligados ao grupo Massa Crítica, que transitavam pela rua José do Patrocínio, bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre. Um desentendimento anterior, no qual uma pequena colisão ocorreu, teria sido o estopim da agressão. Logo após o primeiro incidente, o veículo acelerou por cima dos ciclistas, vindo de trás. Oito pessoas foram atendidas no Hospital de Pronto Socorro da capital gaúcha. Após a agressão, o veículo fugiu. Neis apresentou-se dias depois, alegando que o atropelamento ocorreu enquanto tentava fugir, junto com seu filho de 15 anos, de uma tentativa de linchamento por parte dos ciclistas.
Por Igor Natusch/SUL21

terça-feira, 15 de março de 2011

Criação de empregos formais soma 280 mil em fevereiro e bate recorde

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta terça-feira (15) pelo Ministério do Trabalho mostram que foram criados 280.799 empregos com carteira assinada em fevereiro deste ano, novo recorde histórico para este mês.


Os números foram divulgados pelo Ministério do Trabalho. Até o momento, a maior criação de empregos formais para o segundo mês do ano, de acordo com informações do governo, havia sido registrada em 2010 - quando foram abertas 209,4 mil vagas de trabalho com carteira assinada. 



"No mês de fevereiro, já tem o impacto da preparação para o carnaval. Mais hotéis cheios. No Rio de Janeiro, houve ocupação de 97,5% dos hotéis no carnaval, a maior da história. Começa antes do carnaval. Na indústria de transformação, por exemplo, se produz mais sapatos para os desfiles (do carnaval), assim como roupas, papelaria e restaurantes com contratações temporárias. O maior impacto do carnaval [nas contratações] foi em fevereiro. E também coincide com férias", avaliou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Bombeiros - A separação é necessária e benéfica

A separação dos Bombeiros no Rio Grande do Sul é um sonho. Mas, está cada vez mais perto de se concretizar.

Pela primeira vez, um secretário de segurança do Estado, reuniu-se com os bombeiros pra tratar sobre o tema. Isso aconteceu em janeiro, onde o secretário Airton Michels, recebeu a Associação de Bombeiros do Rio Grande do Sul (ABERGS). Esta reunião foi histórica e satisfatória.

Histórica porque foi à primeira entidade que representa a classe de Bombeiros a reunir-se com um Secretário de Segurança do nosso Estado, tratando do assunto Emancipação, o que há tempos atrás seria inadmissível. E satisfatória devido à forma respeitosa e atenciosa com a qual o Secretário recebeu os coordenadores da ABERGS e reconhecendo-a oficialmente como entidade representativa dos Bombeiros gaúchos. Além disso, a receptividade aos assuntos elencados pela Associação.

A Abergs conseguiu um forte aliado na busca pela desvinculação do Corpo de Bombeiros da Brigada Militar. Trata-se do vereador Adeli Sell, que também preside o PT de Porto Alegre. O parlamentar intermediou no dia 10/2, um encontro entre o coordenador-geral da Abergs, Ubirajara Pereira Ramos, e o soldado Alex Fabiano de Sá, com o Secretário Estadual do Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativas, Afonso Motta. Na oportunidade, os bombeiros alegaram que a separação trará benefícios para a categoria, para a BM e para a sociedade. Citaram como exemplo o estado de Santa Catarina, que, após a desvinculação, melhorou de forma expressiva o serviço prestado à sociedade. “Temos de decidir se o Rio Grande do Sul continuará na contramão dos outros estados brasileiros e do mundo", disse Ubirajara.
Encontro o o sec. Afonso Motta

O ver. Adeli intermediou também, encontro da associação com o  Presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul - FAMURS, Sr. Vilmar Zanchin, a fim de discutir a Desvinculação do Corpo de Bombeiros da Brigada Militar.FAMURS, no dia 22/02.
Reunião na FAMURS

O tema foi tratado com muita receptividade pelo presidente, abordando que o Corpo de Bombeiros necessita de autonomia e gestão específica para que possa expandir seus serviços no Estado, visto os mesmos estarem presentes em apenas 19% dos municípios gaúchos.

Adeli ainda salientou que com a chegada da Copa do Mundo, os Bombeiros precisam estar melhor estruturados para atender este evento de grande importância para a capital gaúcha.

Já o presidente da FAMURS, lembrou que se discuti a muito tempo a reestruturação da Defesa Civil no Estado, mas se esquece do Corpo de Bombeiros que é o principal executor desta atividade. Vilmar, ainda comprometeu-se a levar discussão para todos os prefeitos, buscando apoio a luta pela causa dos Bombeiros.

No Estado do Espírito Santo, a desvinculação se deu em 1997. Veja a revista lançada pelo Corpo de Bombeiros Militares do Espírito Santo, sobre os 10 anos de separação. http://abergs.org.br/downloads/revista_cb_es.pdf

Escândalo dos pardais no RS - resquícios do Governo Yeda



O governo Yeda acabou. Derrotado nas urnas, não se esperava que ele ainda pudesse se fazer presente no que foi sua marca maior: escândalos de corrupção. Como um “fantasma” que paira sobre o estado, as marcas do governo Yeda persistem, e teimam em se manter. 
O novo escândalo envolve suspeitas de fraudes em licitações de controladores eletrônicos de velocidade, os populares pardais, no Rio Grande do Sul venho a público em matéria exibida na noite de domingo (13/03) no programa Fantástico, da TV Globo.
Três coordenadores e o ex-diretor geral do DAER no governo Yeda, Gilberto Cunha, tiveram os sigilos bancário e fiscal quebrados pela Justiça. Eles estão sendo acusados de improbidade administrativa em ação civil pública ajuizada pela Promotoria de Defesa do Patrimônio Público do RS. A investigação apontou um suposto prejuízo de quase R$ 13 milhões aos cofres públicos devido as irregularidades.
As denúncias foram feitas por uma concorrente, a Kopp, de Vera Cruz, que alega ter sido desclassificada indevidamente da licitação realizada em 2006. Em valores atualizados, o contrato assinado entre o órgão e a empresa paulista chega a R$ 30 milhões, segundo cálculos da promotoria. Durante a investigação, o Ministério Público descobriu que dos 99 pardais instalados pela Engebrás, 57 foram reutilizados, o que contraria o edital que exigia equipamentos novos.
Algumas empresas chegam a entregar já pronto um edital que deve ser publicado pelas prefeituras. Uma delas é a CSP, de Florianópolis. O vendedor Tiago Rodrigues deu a cópia de um desses editais à reportagem. Questionada, a CSP disse que o vendedor ofereceu propina por imaginar estar negociando com um representante comercial e negou entregar editais direcionados. 
Outro fabricante que adota a prática é a Perkons, de Curitiba. Durante as negociações, um funcionário da empresa enviou uma cópia do edital. O documento prevê a instalação de pardais e lombadas eletrônicas em cinco endereços de uma cidade gaúcha, fornecidos pela reportagem.
Um desses locais é uma rua de chão batido (foto acima), onde passam mais carroças e crianças em bicicletas que carros. Nessa viela, a empresa concordou com a instalação do equipamento com quatro faixas de fiscalização.
Entre os suspeitos, está o coordenador dos Sistemas Eletrônicos de Operação Rodoviária (Seor) do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), Paulo Aguiar, que teve a exoneração anunciada assim que a denúncia foi apresentada ao secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque, que anunciou a sua decisão no twitter (imagem abaixo).


O maior problema nesse episódio é que se explicita mais uma vez o equivoco de se fazer concessões a “banda podre” da política gaúcha. Explico: o agora ex-diretor do Daer, Paulo Aguiar, ocupava o mesmo posto durante o governo Yeda, sabidamente o governo mais corrupto da história recente do estado. 
O erro da atual gestão foi manter figuras ligadas a esta gestão desastrosa. Infelizmente ele não é o único. Esperamos que este triste episódio sirva de lição para que os resquícios do governo Yeda sejam defenestrados imediatamente, sob pena de termos outras situações como esta que podem, de forma maliciosa, serem usadas para gerar desgastes injustificados ao governo Tarso Genro.


Copiado do blog Aldeia Gaulesa

sábado, 12 de março de 2011

VERGONHA!!! CONCESSIONÁRIA GAÚCHA IGNORA TRAGÉDIA E COBRA PEDÁGIO DUPLO EM RODOVIA INTERROMPIDA POR ENCHENTE



Em entrevista concedida à RadioCom, emissora comunitária de Pelotas, a deputada estadual Miriam Marroni (PT), líder do governo na Assembleia gaúcha, denunciou a postura imoral e criminosa da concessionária de rodovias Ecosul. No apogeu da tragédia que arrasou o município de São Lourenço do Sul nesta quinta-feira, a empresa cobrou pedágio duas vezes de motoristas que rumavam pela BR 116, rumo a Porto Alegre, mesmo com o trânsito já interrompido logo à frente, na altura de Turuçu, por causa do desmoronamento de um trecho da estrada.
Centenas de motoristas de carros e caminhões tiveram que retornar a Pelotas e, na volta, foram obrigados a pagar novamente pelo pedágio de uma via que não puderam utilizar.
"A PRF deu o alerta às 2h da manhã do mesmo dia, depois que um caminhão caiu no vão da estrada; todos estavam informados da interrupção da rodovia. Mesmo assim, a Ecosul continuou deixando veículos passarem, cobrando pedágio de ida  e volta", disse Miriam. "Saí às 6h, passei pelo pedágio. Em Turuçu, com a queda da ponte, havia filas e filas de motoristas dando volta. A empresa sabia desde a madrugada e não colocou nenhuma barreira esclarecendo os motoristas, como está agora. Foi uma grande irresponsabilidade da Ecosul saber desde o início da madrugada que não havia passagem pela rodovia e não avisar seus usuários”, continuou a deputada.
A indignação era grande. Centenas de pessoas que passaram pela praça, pagaram o pedágio, percorreram cerca de 30 quilômetros para esperar na fila, retornar e novamente pagar o pedágio. “É um grande absurdo, é caso de denúncia para o Ministério Público e Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). É revoltante observar que numa situação como essa, em que a interrupção da rodovia foi informada pela Polícia Rodoviária Federal nas primeiras horas da madrugada, a Ecosul não tenha orientado os operadores das cancelas a informar e orientar os usuários”, afirmou Miriam.
Foto: Nauro Júnior
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Ouça a íntegra da entrevista:
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Extraído do CloacaNews

quinta-feira, 10 de março de 2011

Sem as mulheres, não há revolução



Este mês volta a celebrar-se um novo 8 de março, Dia Internacional da Mulher Trabalhadora. Durante esta jornada de protesto, milhões de mulheres em todo o mundo sairão às ruas para reivindicar seus direitos. Nestes momentos de crise econômica, nós mulheres estamos sofrendo os efeitos dos cortes sociais mais profundos em muitos anos. A reforma trabalhista, a reforma da Previdência e os cortes nos orçamentos dos serviços sociais (saúde, educação, etc.) afetam duplamente a mulher, que já está em uma posição de precariedade em relação a do homem. Encarregadas dos cuidados das crianças e anciãos e obrigadas a trabalhar por menos salário, as mulheres sofrem uma dupla cadeia dentro do sistema capitalista: a exploração e a opressão.

Mas nós também temos aparecido, ao longo da história, a frente das lutas sociais e democráticas. O dia 8 de março é um dia de visibilidade da luta pela libertação das mulheres. Mas cada dia, de maneira “invisível”, nós lutamos para conseguir nossa emancipação. Seja dentro dos sindicatos ou grupos políticos, seja dentro dos coletivos feministas ou com a luta diária de trabalhar e chegar ao fim do mês, temos um papel ativo essencial na transformação social.

Nas últimas semanas temos visto em repetidas ocasiões imagens de mulheres durante as revoluções árabes: Tunísia, Egito, Argélia, etc. Na primeira frente de batalha, na Praça Tahir ou na Praça Primeiro de Maio, as mulheres compareceram em massa aos protestos para derrubar os regimes autoritários que têm dominado seus países nas últimas décadas. Elas são destes países que o mundo ocidental quer invadir para libertá-las. Mas não se cansam de dizer que só serão libertadas por elas mesmas.

Ainda que haja infinitos exemplos nos quais as mulheres lutaram nas revoluções democráticas e sociais, sua imagem é sempre silenciada e sua história eliminada, a serviço do pensamento sexista e de um sistema econômico que necessita deixar as mulheres em um segundo plano. Ainda assim, ao longo da história, as mulheres se levantaram uma e outra vez para gritar que elas não são o segundo sexo.

Isso aconteceu na Revolução Russa de 1917, quando milhares de mulheres participaram na luta pela liberdade e o socialismo. Os avanços nos direitos foram rápidos e os mais avançados da época: direito ao divórcio, anticonceptivos, salário igual, socialização dos cuidados, etc. Ainda que a experiência tenha sido curta devido ao isolamento da revolução e à contrarrevolução levada a cabo pela burocracia stalinista, a experiência criou um precedente.

O tema já clássico “sem as mulheres não haverá revolução” foi se repetindo em diferentes ocasiões nas quais a luta pelos direitos sociais da classe trabalhadora andou de mãos dadas com a luta pela libertação da mulher. Durante a II República, as mulheres também conseguiram uma série de direitos que situavam a democracia do Estado espanhol como uma das mais inclusivas da época. E, durante a Revolução Espanhola, as mulheres tiveram um papel chave na conquista dos direitos sociais.

Nos momentos nos quais os povos se levantaram contra a tirania e o capitalismo, nós temos sido protagonistas dos movimentos de emancipação. No entanto, em nossa sociedade segue dominando a imagem da mulher passiva. Quantas revoluções mais faltam para eliminar este estereótipo?

Agora, com as revoluções árabes, volta à tona a participação das mulheres nas revoluções. Nós também queremos igualdade, liberdade e não temos medo. Durante uma revolta social nossa participação é fundamental para que os avanços não fiquem só no plano formal e para que haja um questionamento profundo dos papeis atribuídos às mulheres e uma ruptura dos mesmos. Contamos com vários exemplos históricos nos quais temos visto que, quando as mulheres participam nas revoluções, a luta lado a lado com nossos companheiros de classe faz crescer a consciência. Mas esse não é um processo automático. Por esta razão, nossa participação nas revoltas é fundamental para conseguir nossa libertação.

Recentemente, temos visto também como milhões de mulheres saíram às ruas na Itália para protestar contra a cultura machista promovida por Berlusconi. “Se não é agora, quando será?”, gritavam as companheiras italianas. Aqui, no Estado espanhol, também temos milhares de razões para sair às ruas. Cada ataque do governo aos direitos conquistados pela classe trabalhadora é um ataque a nossos direitos como mulheres. E se a isso somamos o genocídio contra as mulheres pela violência machista, a pergunta das companheiras italianas é nossa também. Neste 8 de março, sairemos todas à rua para lutar, mas no dia seguinte não voltaremos para casa.

(*) Angie Gago é militante de Em Luta (Espanha)

Tradução: Katarina Peixoto
Extraído da Carta Maior

Retornando das férias!!!

Após alguns dias de merecidas férias, estou de volta!
A proposta é agora ter pelo menos uma postagem por dia. Pelo menos vou tentar.
Agradeço aos seguidores do Buracos pela leitura e paciência.

Passado o carnaval, bom 2011 a tod@s!!!