Estamos cada vez mais indiferentes a tudo.
Na última terça-feira, entrevistei no Esfera Pública, da Rádio Guaíba, Amauri Perusso, vice-presidente do Centro dos Auditores Públicos do Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul.
Fiquei surpreso. O homem fala sem meias palavras.
Perguntei-lhe: tem nepotismo no Tribunal de Contas?
Ele respondeu afirmativamente sem pestanejar.
Um passarinho me assoprou dados sobre irregularidades no Tribunal de Justiça.
Perguntei-lhe se era verdade que no Tribunal de Justiça todos os desembargadores ganhariam muito acima do teto de R$ 26 mil, chegando a mais de $ 40 mil, com o acréscimo de mais de 70 itens ilegais.
Respondeu na bucha que sim.
Confirmou que, se a lei for aplicada, o Tribunal de Justiça terá de devolver mais de R$ 600 milhões aos cofres públicos.
Outro passarinho me disse que são mais de R$ 800 milhões.
Perguntei-lhe se do ponto de vista dos auditores, aqueles que examinam as contas do Estado, houve déficit zero no governo Yeda Crusius? Respondeu sem hesitar: "Não".
Pensei no poeta: que país é este?
Que Estado é este em que o Tribunal de Justiça brinda-se com salários sem teto, estratosféricos, e, apesar dos auditores flagrarem o descalabro, nada acontece.
Bem, O Tribunal de Justiça ainda não foi oficialmente informado da sua situação.
A imprensa, porém, já está a par.
E a população? O que diz?
Postado no blog do Juremir Machado da Silva
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