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quarta-feira, 30 de junho de 2010

HERDEIRO DA RBS É ACUSADO DE ESTUPRO. RBS ABAFA


O menor S.O.S, o Zinho, de 14 anos, está, supostamente, sendo intimado pela 6ª Delegacia de Polícia de Florianópolis para depor sobre a acusação de um suposto estupro praticado contra uma menina da mesma idade, estudante do Colégio Catarinense, tradicional instituição de ensino daquela capital. O crime teria ocorrido há poucos dias, com a conivência de outro menor, filho de um delegado, mas a imprensa local estaria tratando de esconder o episódio dos noticiários. O acusado é filho de Sérgio Sirotsky, diretor-geral da RBS TV em Santa Catarina e membro do Conselho de Administração da organização mafiomidiática RBS, que, não por acaso, controla absolutamente todos os meios de informação barrigas-verdes.

O caso está sendo divulgado pelo blog Tijoladas do Mosquito, que alega ter tido acesso ao documento da polícia que intima o adolescente para a oitiva (imagem acima).

Extraido do Cloaca News

Nota deste blog: Misteriosamente o blog catarinense Tijoladas do Mosquito está fora do ar. Começou a represália do Grupo RBS.

VOX POPULI CONFIRMA DILMA NA FRENTE

Charge Sinfrônio

Os números da pesquisa Vox Populi/Bandeirantes, divulgados na última terça-feira, repetem os resultados encontrados pelo Ibope, em pesquisa patrocinada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), e confirmam que a candidata do PT, Dilma Roussef, assumiu mesmo, pela primeira vez nesta campanha eleitoral, a liderança das intenções de voto, com 40% das indicações, contra 35% de José Serra (PSDB). Marina Silva (PV tem 8%. Brancos e nulos somam 5% e 11% não sabem ou não responderam.

É bom explicar que, quando se diz pela primeira vez é porque, em duas pesquisas anteriores, do Vox Populi e Datafolha, Dilma estava na frente, mas dentro da área de empate técnico, o que não acontece agora (a margem de erro da pesquisa é de 1,8 para mais ou para menos e a diferença pró-Dilma é de cinco pontos). E os dados revelam a vantagem da candidata petista também para o segundo turno (44% contra 40%) e na consulta espontânea (26% contra 20%).

A pesquisa confirma, também, o mau momento que atravessa a candidatura Serra já complicada com a difícil escolha do nome que será candidato a vice na sua chapa. O curioso é que a sequência de pesquisas do Vox Populi mostra que as intenções de voto no tucano indicam mais um período de estabilidade do que uma queda (eram 36% em março, foram para 34% em maio e chegam a 35%), uma vez que as oscilações ocorreram sempre dentro da margem de erro.

Enquanto isto, Dilma tem mostrado um crescimento constante e real, passando de 33% em março, para 37% em maio e 40% agora. Quase na mesma proporção do processo de crescimento da sua identificação como candidata do presidente Lula. Basta ver que na pesquisa espontânea, as intenções de voto no presidente caíram de 16% em março para 10% em junho, ou seja, quase exatamente o mesmo percentual do crescimento de Dilma (ela cresceu sete pontos, Lula caiu seis pontos).

Ou seja, por onde quer que se olhe o quadro é de dor de cabeça para as cabeças coroadas tucanas que não imaginavam chegar ao início da campanha oficial com um quadro como este: atrás nas pesquisas e a principal candidata adversária mostrando uma tendência de crescimento real e constante.

Serra só tem um consolo, ao meu ver: como já é careca tem poucos fios de cabelo a mais para perder nestes próximos meses.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Números do debate sobre a Mídia.

Ontem (22/6) no plenarinho da Assembléia Legislativa, foi realizado um debate sobre a mídia, onde estiveram presentes mais de 60 pessoas entre jornalistas, estudantes, profissionais da área, blogueiros, twitteiros e outros, além de quase 2,5 mil internautas que estavam ouvindo pela Rádio Web Putzgrila.

O debate foi ouvido, além da região metropolitada de Porto Alegre, por internautas de Caxias, Santa Maria, São Luiz Gonzaga, Uruguaiana e Bento Gonçalves no RS, mas também em Sao Paulo, Campinas, Guarulhos, Piracicaba, Londrina, Cascavel, Campo Mourão, Cuiabá, Ouro Verde - MG, Formiga - MG e em Hollywood, na Flórida.

O PT de Porto Alegre está de parabéns por esta grande iniciativa de realizar um grande debate.

O áudio está disponível para baixar, clicando na imagem na coluna lateral.

terça-feira, 22 de junho de 2010

A lista dos inelegíveis pelo TCU

O Tribunal de Contas da União disponibilizou a lista de inelegíveis para o pleito de 2010.

Dentre os integrantes da lista estão:

Daniel Bordignon - PT
Mário Bernd - PPS
Cláudio Sebenelo - PSDB
Vicente Bogo - PSDB

A propósito, esse último pelos jornais de hoje, tinha sido retirada a sua candidatura em apoia à funcionária da RBS, Ana Amélia Lemos.

Agora sabe-se a real razão desta retirada.

Clique AQUI e veja a lista completa

Maradona descobre a serventia da vuvuzela!

Foto montagem para sacanear os argentinos, autor desconhecido

Na internet, Dunga ganha apoio contra Globo



O jornalista Bob Fernandes relata, em matéria publicada no Terra, as causas da briga do técnico da seleção brasileira de futebol contra a rede Globo. Segundo esse relato, Dunga não aceitou dar à Globo acesso privilegiado a jogadores da seleção. Bob Fernandes conta o que presenciou logo após o jogo do Brasil contra a Costa do Marfim:

Soccer City, caminho entre o estádio e as tendas da FIFA que abrigam o Centro de Mídia. Galvão Bueno, Arnaldo Cezar Coelho e o diretor da Central Globo de Esportes, Luiz Fernando Lima conversam, não escondem a irritação e nem se preocupam com quem passa ao lado e ouve. O alvo é o técnico da seleção brasileira, Dunga. Minutos antes, na coletiva pós Brasil x Costa do Marfim o técnico, numa dividida bem a seu estilo, deu na canela do comentarista Alex Escobar, da Globo.



Luiz Fernando Lima lembra as conversas recentes da emissora com Dunga, já na África do Sul:



- Falamos com ele duas vezes e ele não consegue entender que não é “a Globo”, ele está falando para todo o país…



Seguem as observações do grupo, sempre ferinas. Um deles chega a dizer: – …e a única coisa que eu acho que ele aprendeu em quatro anos foi falar ‘conosco’ e não mais ‘com nós’ como sempre fez…

A Globo reagiu com um texto em tom de editorial, cujo conteúdo acabou sendo reproduzido e apoiado pela maioria dos jornalistas e empresas de comunicação que cobrem a Copa. Outro jornalista, Maurício Stycer, afirma, no portal UOL, que as entrevistas foram negociadas diretamente pela Globo com o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira. Dunga não gostou e vetou.

Aparentemente, os jornalistas de outras empresas consideram uma grosseria maior o fato de Dunga reagir contra esse tipo de privilégio a uma empresa do que a concessão do privilégio em si mesma. Mas a repercussão do episódio na internet indica que a maioria dos internautas está ficando com Dunga e contra a Globo.

Uma enquete do Terra pergunta: vocês está com Dunga, com a Globo ou contra os dois? Com 113 votos, apenas 4,17% (5 votos) apoiavam a Globo. Dunga tinha 66,37% (75 votos) de apoio e a opção “contra os dois”, 29,20% (33 votos). Ontem, uma outra pesquisa no site do Globo indicava amplo apoio a Dunga.

Na seção de comentários do Terra, leitores propõem um boicote nacional à TV Globo na sexta-feira, data do próximo jogo do Brasil, proposta feita também em redes sociais. A julgar pelo resultado do movimento desencadeado no twitter contra o locutor Galvão Bueno, a Globo pode estar entrando em rota de colisão não apenas com o temperamento de Dunga, mas com milhões de brasileiros e brasileiras.

Na madrugada desta terça-feira, cresceu no twitter o chamado para um #diasemglobo, que estimula as pessoas a verem o jogo entre Brasil e Portugal, sexta-feira, em qualquer outra emissora que não a Globo. Um pedido, aliás, não muito difícil de atender, dada a crescente antipatia do locutor Galvão Bueno.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

É AMANHÃ!

Só para lembrar a todos sobre o Debate: Mídia Livre x Mídia Corporativa.
Plenarinho da Assembléia Legislativa, 3º andar às 19h
Imperdível.

Embora seja a Secretaria de Formação Política do Partido dos Trabalhadortes que está promovendo, este evento quer transcender as fronteiras partidárias. A participação é livre a tod@s os interessados em debater o tema.

Debatedores:
Marco Weissheimer (RS Urgente)
Elmar Bones (Jornal Já)
Maria Helena Weber (Prof. de Comunicação da UFRGS)

Mediadora: Cláudia Cardoso (Blog Dialógico)

quarta-feira, 16 de junho de 2010

“Negligência e imprudência”

Por questão de economia, segundo a Revista Imprensa, vítimas foram colocadas em alojamento sem condições. Morreram sufocados por vazamento do aquecedor. Famílias acusam a Abril de ter adulterado o local do acidente, para jogar a culpa nas vítimas. Família criou Blog para denunciar o episódio (clique aqui).

Editora Abril é processada por mortes no "Espaço Cultural Veja SP"

Thaís Naldoni/Revista Imprensa

Três famílias paulistanas entraram com processos contra a Editora Abril por danos morais e materiais, em razão da morte por asfixia de três prestadores serviço do "Espaço Cultural Veja São Paulo Campos de Jordão", em oito de julho do ano passado.

As ações - uma impetrada em conjunto pelas famílias de duas das vítimas, na cidade de Campos de Jordão (SP), e outra individual, protocolada na cidade de São Paulo (SP) - estão em fase de citação e requerem que a Abril seja responsabilizada por "negligência e imprudência" na sequência de acontecimentos que resultaram nas mortes de Yuri Tosi de Freitas (25), Ronei Carlos Rodrigues (39) e Renan Borges Ottoni (23) por asfixia causada por monóxido de carbono, em um quarto do espaço de eventos mantido pela Editora.

A petição das famílias é de uma indenização calculada com base no faturamento final do evento, na expectativa de vida das vítimas e toma por valor principal o patamar salarial atingido ao tempo da morte. "Nosso objetivo é de que seja uma condenação exemplar, que desencoraje a própria editora ou qualquer outra promotora de eventos a, por economia, negligenciar as condições a que estão expostas as pessoas que trabalham nesses espaços", diz Ângela Freitas, mãe de Yuri Freitas.

p;À época do acidente, a versão oficial divulgada pelas empresas envolvidas na promoção do "Espaço Veja SP Campos do Jordão" foi a de que as vítimas teriam levado para o quarto, às escondidas, um aquecedor a gás, próprio para ambientes externos. Trata-se de um modelo abastecido por um botijão similar ao de gás de cozinha. O aparelho teria, então, "roubado" todo o oxigênio do ar e as três pessoas que dormiam no quarto morreram durante o sono.

No entanto, após meses de levantamento de provas, os pais de Yuri Tosi Freitas contestam a versão, apontando indícios de que o aquecedor já estava no alojamento para o uso dos funcionários. "Não podemos deixar que nosso filho leve a culpa pela própria morte. Fica fácil acusar quem já não está aqui para se defender. Queremos provar, na Justiça, que o que causou as mortes foi negligência", diz o pai, Rogério Freitas. "Não foi fácil ler o que lemos, muitas notícias que nem citavam o local exato das mortes e a indiferença total da dona do evento, mas esperamos porque queríamos provar o que de fato aconteceu", completa, em entrevista exclusiva ao Portal IMPRENSA.

A reportagem fez um levantamento informal na internet, buscando matérias que trataram do episódio. Todas as notas publicadas responsabilizaram as vítimas pelo ocorrido. Em algumas não é deixado claro em qual evento ocorreu o acidente, como é possível constatar na Folha.com, jornal O Globo, G1, Portal Terra, Jornal Campos do Jordão e Band.

Entenda o caso

Yuri Tosi de Freitas (25), Ronei Carlos Rodrigues (39) e Renan Borges Ottoni (23) foram contratados pela empresa WDB Group - que terceirizava na ocasião os serviços de Som e Luz para o evento da Editora Abril - para trabalharem no "Espaço Cultural Veja SPCampos do Jordão", no período de 28 de junho a 03 de agosto de 2009.

Ao chegarem à cidade de Campos de Jordão (SP), os três foram hospedados em uma pousada local, paga pela empresa contratante. Já em 02 de Julho, segundo informa Ângela Freitas - mãe de Yuri - os rapazes, por determinação da Abril, foram levados a uma hospedagem localizada dentro do local do evento. "A Abril determinou a mudança por uma questão de custos. Tivemos acesso aos orçamentos e para que ficasse mais barato, a Editora passou a se responsabilizar pela acomodação dos prestadores de serviço durante o evento. A WDB custearia a pousada apenas no período de montagem e desmontagem", afirmou Ângela, que anexou ao processo contratos, orçamentos e e-mails entre a Editora Abril, WDB e a Base Eventos, a três empresas citadas no processo.

Segundo Ângela, o espaço em que foi alojado tanto seu filho, quanto os outros dois rapazes, não tinha condições básicas que garantissem a segurança dos profissionais, em um local em que as temperaturas são sabidamente baixas (no último final de semana, por exemplo, registrou - 0,2ºC). "Não havia chuveiro aquecido, nem banheiro no quarto. Era um banheiro a ser dividido entre vários profissionais, com uma precária instalação elétrica para o chuveiro. Além disso, o quarto em que estavam os três era muito úmido. Óbvio que seria necessário um aquecedor no quarto, mas não aquele que já estava lá, segundo fotos tiradas uma noite antes de morte deles".

A versão das famílias dá conta de que o aquecedor não poderia ter sido levado pelos profissionais, já que havia centenas de seguranças no local e câmeras que filmavam todo o espaço. "Como em um local com seguranças 24 horas e câmeras espalhadas, ninguém os veria levando um aquecedor daquele tamanho para o quarto? Ainda mais depois de 12, 14 horas de trabalho?".

De acordo com ele, embora a empresa de segurança dissesse que as câmeras não funcionavam, a companhia sabia que uma de suas funcionárias havia passado a noite de folga na hospedagem do local do evento. "Para ver se os meninos haviam levado o aquecedor, a câmara não funcionava, mas para saber que a garota havia dormido lá e demiti-la no dia seguinte, elas estavam em pleno funcionamento. Inclusive (isso aconteceu um dia antes da morte do meu filho), ela própria comentou o fato daquele aquecedor estar no quarto". A testemunha, não identificada por questões de segurança, prestou depoimento à polícia.

Ângela conta que foi feita uma perícia no aquecedor pós-acidente, e que não foi encontrada nenhuma instrução de uso. "Os aquecedores são equipamentos rudimentares, sem nenhum registro no Inmetro, segundo o Corpo de Bombeiros, ou qualquer órgão regulador. Os aquecedores da Editora, diferentemente de outros existentes no mercado, não possuem nenhuma instrução de uso, nenhum alerta de segurança para que seja único e exclusivamente utilizado em ambientes externos".

Constatação das mortes e roubo de objetos

Os três profissionais morreram na madrugada de 08 de julho de 2009. Logo pela manhã, de acordo com Boletim de Ocorrência registrado na ocasião, um dos membros da organização do evento, ao perceber que as atividades de público estavam para começar e os responsáveis por áudio e imagem não estavam no local, foi até o alojamento chamá-los. Ao bater sem resposta e abrir a porta, deu com os três corpos no quarto. "Todos estavam mortos, de olhos e boca aberta. O Ronei e o Renan no beliche e o Yuri no chão, de bruços, com as mãos agarradas ao carpete", conta Rogério.

As famílias questionam o motivo pelo qual, ainda que a morte dos três estivesse evidente, de os corpos terem sido removidos. "A cena do óbito não foi preservada, não sabemos como a polícia teve condições de constatar os fatos, uma vez que foi tudo adulterado, e o aquecedor retirado do quarto".

Os pais de Yuri Tosi questionam, ainda, o que teria levado os responsáveis a avisarem as famílias do ocorrido quase 12 horas depois de descobertos os corpos. "Sabemos que a Editora Abril enviou de helicóptero para Campos do Jordão, naquele dia 08 de julho, por volta de 12h, seus diretores e advogados criminalistas para gerenciarem e prepararem uma nota de divulgação que imputava a culpa aos rapazes. À WDB ficou a responsabilidade de remoção dos corpos para São Paulo, após a análise do IML de Taubaté". "Eu soube da morte do meu filho já eram 19h30 e o corpo dele estava no IML de Taubaté", disse Ângela.

Na ação também é citado o sumiço de objetos pessoais das vítimas, tais quais dois laptops dos técnicos Yuri e Ronei, bem como documentos, celular, pen drive e modems. Segundo texto do processo, "o furto dos bens pessoais - afetivos e patrimoniais -, ainda no calor dos fatos, dentro do 'Espaço Veja', e a demora na comunicação dos óbitos aos familiares foram, para esses, as imoralidades mais ofensivas à dignidade humana".

Alvará de funcionamento

As famílias explicam que buscaram saber se existia um alvará que permitisse uma hospedaria dentro do Espaço e descobriram, na ocasião, que o próprio evento acontecia sem alvará. "O evento aconteceu sem alvará da Prefeitura local para ser um espaço de show, eventos, recreação e lazer (não incluía-se no pedido para este alvará o local de hospedagem). Estava emperrado porque o lugar do evento é uma área de reserva ambiental. Mas, se você checar a vendas dos espaços no site, o valor é repassado às empresas que alugaram stands", disse Ângela.

Ainda de acordo com a ação, havia na Prefeitura um termo que solicitava o alvará, mas não a autorização expedida. Os pais de Yuri mostram, no press kit de venda do espaço que, mesmo sem a autorização formal para o evento, era cobrada pela Abril na venda dos espaços, o valor referente a essa autorização. "Marcas como Santander, Chevrollet, Pom Pom, Dermacyd, BMF, Topper, Timberland, Natura e diversos outros pagaram por um alvará que não existia".

Danos morais e materiais

Além da indenização, as famílias pedem que a sentença seja publicada em todos os veículos que divulgaram o "EspaçoVeja SP", leia-se revistas Veja e Veja São Paulo, em compensação ao fato de que nenhuma das famílias teria sido contatada pela Editora Abril para qualquer tipo de apoio. "Em nenhum momento a Abril nos prestou apoio, nem nota de pesar em seus veículos ou um telegrama lamentando o fato", disse Rogério Freitas.

Tanto os traslados dos corpos quanto as cerimônias fúnebres foram custeadas pela WDB Group. "Queremos que essa ação sirva como um protesto à política do lucro a qualquer custo e mostrar que uma pequena economia em um evento que faturou milhões custou três vidas", finaliza Ângela, que criou, junto de seu marido, um blog para divulgar o andamento do caso. Para acessar, clique aqui.

Outro lado

Procurada pela reportagem do Portal IMPRENSA, a Editora Abril, por meio de sua assessoria, informou que não irá comentar o caso.

Caso Ford, a manipulação ideológica da direita

Para quem não teve a oportunidade de ler o artigo do Juremir Machado, no Correio do Povo de 04/06/2010, pode fazer agora.

Juremir Machado da Silva
juremir@correiodopovo.com.br

Tem dias em que a ficha cai.
Chega de conversa fiada.
Basta de falsa objetividade.
Que se abra o jogo.
Que se ford.
Vamos ao problema.
A reabertura do caso Ford, com a condenação da montadora a devolver o dinheiro gaúcho que pegou adiantado, não usou e não entregou, dá o que pensar.
Foi a maior manipulação ideológica do Rio Grande do Sul moderno. Uma guerra sem quartel e estratégica.
Não uma guerra ideológica da esquerda contra a Ford.
Uma guerra ideológica da direita contra o governo Olívio Dutra. Um pretexto para atingir o petismo.
Uma vingança contra a chamada arrogância do PT.
Se a Ford não tivesse ido embora, talvez a direita tivesse lhe pedido para fazer isso, pois nunca uma ruptura de contrato foi tão benéfica e providencial para a propaganda ideológica da direita gaúcha.
A Ford queria mundos e fundos.
Antônio Britto estava disposto a dar tudo.
Olívio Dutra teve a coragem de ponderar.
O antipetismo gaúcho é tão visceral, tão xiita, tão fanático e fundamentalista, que precisava de um motivo para se vingar dessa pedra no sapato. Encontrou. O PT incomodava demais. Havia desbancado os tradicionais donos do poder.
Nada mais inadmissível. Um verdadeiro pecado mortal. Tinha de ser punido por essa ousadia.
Certamente houve erros na condução da negociação com a Ford.
O PT cometeu erros ao longo da sua curta trajetória. A lista é longa das suas babadas.
Olívio Dutra também errou.
A Ford cometeu mais erros ainda. Na época, tinha um presidente medíocre e arrogante que não sabia e não queria negociar. Representava a poderosa Ford e pretendia impor no grito todos os seus desejos.
Queria tudo: isenção de impostos, adiantamentos, infraestrutura, mamão com açúcar, privilégios sem fim.
Uma multinacional não aceita ser tratada como qualquer empresa. Quem abre uma empresa, paga impostos. Salvo de for uma montadora messiânica. Ao cair fora, a Ford aplicou um cambalacho de vigarista barato.
Partiu com a grana dos gaúchos.
A mídia amiga da direita deitou e rolou. Convenceu os convencidos de que a Ford havia sido expulsa. Afetou a consciência dos mais simples e dos mais ideológicos. Deliciou-se dando as cartas e jogando de mão.
Falava sozinha. Foi a época de ouro do conservadorismo na mídia gaúcha.
Tudo tem um preço: o da Ford era alto demais.
A manipulação ideológica em torno do caso Ford continua rendendo. É o hit mais tocado pela direita.
Ainda toca o coração dos incautos.
Dizem que os petistas são xiitas, radicais e ultrapassados. Muitos, claro, são. Mas nem todos.
Desconheço gente mais xiita do que os da tribo dos antipetistas. É um fundamentalismo rasteiro, primário, rastaquera, carregado de ódio e de simplificações, do tipo petista come criancinha e vomita heresias.
Eu não sou petista. Não tenho partido. Nunca terei.
Tenho é paciência para levar anos analisando certos fatos.
Tem muita gente que deveria pedir desculpas a Olívio Dutra. Gente que, se o PT estivesse no governo gaúcho agora, nem ficaria a favor da devolução do dinheiro pela Ford. Essa montadora é cara-de-pau.
Desenterrei tudo sobre o caso Ford. Estudei o dossiê como quem se prepara para uma tese. Mergulhei na história. Não hesito em afirmar: a saída da Ford foi um motivo para esculhambar o petismo. Continua sendo.
Só há coisa a repetir: queremos nosso dinheiro.
O resto é conversa para reacionário dormir feliz.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Brigada Militar transfere soldado que apareceu no programa do PT

YEDA FAZ PERSEGUIÇÃO POLÍTICA DENTRO DA BM

Por ordem do Comandante da Brigada Militar, o soldado César Otávio Brum Guimarães, 21 anos de serviço, com comportamento excepcional, foi sumariamente transferido do Departamento Administrativo, onde já estava a cerca de quatro anos,  para o 9º BPM.

O fato se deve ao depoimento dado pelo soldado ao programa do PT, falando sobre o PRONASCI e o Bolsa Formação (programa que concede uma bolsa de R$ 440,00 para o servidor se qualificar em sua atividade de segurança), e sobre a importancia deste programa para os servidores da segurança pública.

Não sendo suficiente a tranferência, trazendo impacto NEGATIVO direto na renda familiar, ainda foi cortado da lista de merecimento da medalha ao mérito por trabalho.

E por falar em Bolsa Formação, o governo tirou o gerenciamento do programa do Departamento de Ensino e passou para o Departamento de Administração. Isso claro, com o intuito de atrasar o pagamento das Bolsas e culpar o Governo Federal.

Isso sem falar que ele recebia um auxílio para a faculdade, que com a transferência, todas as vantagens são cortadas.

Agora, com esta perseguição política, não será difícil ver a ficha dele ser maculada por qualquer unidade que ele passar.

Com essa atitude o governo do PSDB de Yeda e Serra tenta intimidar os brigadianos a não fazerem campanha para o candidato do PT, Tarso Genro.

PS: Fico devendo o vídeo no momento, assim que conseguir eu atualizo a postagem.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

A carta que Olívio Dutra encaminhou ao presidente da Ford

Porto Alegre, 03 de maio de 1999.


llmo. Sr. Jacques Nasser
Presidente Mundial da Ford Motor Company.




Como é de seu conhecimento o Estado do Rio Grande do Sul é o mais meridional das unidades da federação brasileira. Nossos limites com a Argentina e o Uruguai nos colocam em uma posição privilegiada no Mercosul, pois temos proximidade com as fronteiras internacionais e, ao mesmo tempo, estamos próximos dos grandes centros brasileiros como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Nosso nível de desenvolvimento também nos favorece. Somos o estado brasileiro com o mais elevado índice de Desenvolvimento Humano, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Temos o melhor nível de qualidade de vida, a mais alta renda per capita e o mais elevado índice de alfabetização.

Estas condições favoráveis levaram a Ford do Brasil a escolher o Rio Grande do Sul para implantar o Projeto Amazon. O contrato entre a empresa e o governo do Estado foi assinado em março de 1998.

No entanto, os detalhes do que foi contratado entre a Ford do Brasil e o governo nunca foram revelados nem para a população, nem para o parlamento do Estado. Sabíamos apenas que envolviam um empréstimo e a realização de obras de infra-estrutura. Logo após as eleições, o presidente da Ford do Brasil, senhor Ivan Fonseca e Silva foi recebido por nós. Naquela ocasião, afirmamos que analisaríamos todos os contratos e manteríamos aquilo que fosse possível de ser executado.

Em 1º de janeiro, assumimos o governo. Em seguida, recebemos uma solicitação de audiência da direção da Ford do Brasil. Como ainda não havíamos concluído os estudos sobre os contratos e, também, não estava completa a análise sobre a situação financeira do governo, não havia condições, naquele momento, para conceder uma audiência que fosse efetivamente de trabalho.

Lembro que somente após a posse foi possível verificar que o governo anterior havia se comprometido a conceder para a Ford do Brasil um empréstimo de R$ 210 milhões, com cinco anos de carência e dez anos para pagamento, sendo que R$ 42 milhões já tinham sido entregues à empresa. Comprometeu-se, também, a realizar obras que custariam R$ 234 milhões. Estamos falando, portanto, de compromissos do Estado do Rio Grande do Sul na ordem de R$ 444 milhões. Havia, ainda, o compromisso de obter um empréstimo junto a um banco federal no valor de US 550 milhões, e isenção de impostos que, calculada sobre o período e faturamento projetados, chegariam a mais de R$ 3 bilhões.

Estas condições foram acordadas mesmo com o Estado apresentando a seguinte situação financeira: a arrecadação anual é de cerca de R$ 5 bilhões e o Estado gasta R$ 6,2 bilhões com seu custeio total. Portanto, para pagarmos os salários dos funcionários e cumprirmos minimamente as funções básicas de governo, como saúde, educação e segurança, mais os compromissos com a rolagem da dívida pública já temos, um déficit anual de R$ 1,2 bilhão.

Ao constatarmos tamanha dificuldade financeira e, cientes da importância da instalação da empresa em nosso Estado, notificamos extrajudicialmente a Ford do Brasil, em 30.03.1999, que por motivo de força maior não poderíamos cumprir o contrato nos termos firmados anteriormente e que, portanto, era preciso renegociar o acordo. Esperávamos que logo após a notificação, a Ford do Brasil se dispusesse a trabalhar na construção de uma alternativa de renegociação que fosse viável para o Estado e, ao mesmo tempo, preservasse os interesses da empresa. Estranhamente não foi isto que aconteceu.

Com muito esforço, conseguimos elaborar uma proposta de forma séria e responsável, que compatibilizasse as possibilidades financeiras do Estado e a manutenção do Projeto Amazon em nosso Estado. A proposta apresentada é a que segue:

liberação de um empréstimo de R$ 70 milhões;

manutenção do empréstimo já pago de R$ 42 milhões;

não contestação à isenção de Impostos;

realização de R$ 84 milhões em obras pelo governo do estado;

buscar, em conjunto com a empresa, que o governo federal realizasse obras em vias federais no valor de R$ 70 milhões;

buscar, em conjunto com a empresa, que o governo da cidade de Guaíba realizasse obras em estradas municipais no valor de R$ 36 milhões, através de empréstimo a ser concedido ao município;

permitir que empresas privadas realizassem obras e recebessem através de tarifas o investimento feito, em especial no Porto de Rio Grande.

Portanto, mesmo numa situação adversa, de um acúmulo de déficits operacionais e de um passivo a descoberto de mais de R$ 1 bilhão, conseguimos formular uma proposta que compatibiliza a situação financeira do Estado e a viabilização da montadora, o que revela efetivamente a vontade política do Governo de manter a montadora em solo gaúcho, ao contrário do que tem afirmado o presidente da Ford do Brasil. Com esta proposta, faltariam cerca de R$ 100 milhões para, atingir o contrato inicial e este valor poderia ser encaminhado para obtenção de empréstimo junto a um banco federal.

Ao buscarmos a renegociação do acordo firmado anteriormente, não estamos rompendo o contrato, mas sim estamos apresentando uma proposta dentro do limite possível, considerando nossa situação financeira. Em nenhum momento a Ford do Brasil aceitou discutir nossa proposta, optando por anunciar a desistência de instalar a fábrica no nosso Estado. Estranhamos, portanto, a postura de intransigência da direção da Ford do Brasil levando em conta a magnitude do projeto.

Temos a convicção de que esta é a melhor proposta que o Rio Grande do Sul poderia oferecer à Ford do Brasil. Qualquer estado brasileiro, tanto pela séria crise financeira que todos enfrentam como pelas dificuldades de serem aprovados novos benefícios fiscais pela nova configuração do Conselho Fazendário Nacional (Confaz) requisito constitucional para a legalidade de qualquer incentivo, enfrentaria dificuldade para implementar proposta similar. Neste sentido, destacamos que o Estado do Rio Grande do Sul não é o único a buscar renegociação contratual. O Paraná está renegociando sua participação na Renault; o estado de Minas Gerais renegocia o contrato com a Mercedez Benz; e nosso Governo já concluiu a renegociação com a General Motors.

Feito este relato, mantemos a disposição de conversar com seriedade e responsabilidade com a Ford, assim como temos o interesse em negociar com todos os grupos que venham a manifestar interesse em realizar empreendimentos em solo gaúcho e contribuir para o desenvolvimento do nosso Estado.


Atenciosamente,

Olívio Dutra
Governador

Extraído do Sul21

ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS 2010: RUPTURA OU CONSOLIDAÇÃO DO PACTO SOCIAL?

Guedes: Lula montou um pacto social democrata difícil de desfazer
Ricardo Guedes Ferreira Pinto
Instituto de Pesquisa Sensus

Com a eleição de Lula em 2002, foi formado no Brasil um pacto do tipo social democrata europeu. O pacto social-democrata tem a lógica de formação que se segue. Todo partido de esquerda para chegar ao poder através da via eleitoral, tem que abrir mão da representação da classe de trabalhadores, flexibilizando os seus objetivos. O número de trabalhadores manuais veio crescendo continuamente no século XIX, até se estabilizar a partir de 1920 em 25% da população economicamente ativa em todos os países. Para se fazer maioria em eleições de 2º turno, todo partido de esquerda tem que ampliar o espectro de sua representação, para que possa alcançar mais de 50% dos votos. Na formação do pacto, a esquerda passa a se institucionalizar, e a direita cede para programas sociais.

Tal foi a lógica dos países europeus a partir de 1920, com a introdução do 2º turno. O primeiro Partido Social Democrata criado foi o alemão em 1889, significando ‘social’ a inclusão na economia dos excluídos, e ‘democrata’ a introdução da prática eleitoral para a escolha dos governantes. Neste pacto, os extremos políticos são isolados do jogo político, cedendo às posições de tendências mais centrais e de rotatividade do poder, com a tendência à formação de um sistema bipartidário.

No Brasil, a primeira formação de um pacto social se deu com Getúlio Vargas a partir de 1930, na aplicação de políticas urbanas através da CLT, sem a sua extensão à área rural. A tentativa de extensão dos benefícios urbanos à área rural na década de 50, em conjunto com outras políticas, acabou por resultar no regime de exceção de 1964. A partir de democratização em 1983, a maior liberdade social não foi acompanhada pela maior distribuição de renda, com a eleição de Lula para Presidente levando ao esgotamento do paradigma. A Carta do Povo e José Alencar como Vice Presidente simbolizam e reafirmam esse pacto.

De 2002 para cá, experimentamos notável progresso. O PIB cresceu de 500 bilhões para 1,5 trilhões de dólares, as reservas cambiais aumentaram de 35 para 240 bilhões de dólares, o salário mínimo foi de 80 para 280 dólares, o índice de GINI – que mede a distribuição de renda – melhorou de 0,58 para 0,52; 30 milhões de pessoas migraram das classes pobres para a classe média; 10,6 milhões de pessoas saíram fisicamente das favelas. O nível de investimento na econômica aumentou. O Brasil adquiriu projeção mundial.

As condições econômicas e sociais favorecem fortemente a candidatura de Dilma Rousseff, embora as eleições presidenciais de 2010 não estejam ainda definidas. À medida que o tempo passa, Dilma Rousseff vai sendo cada vez mais conhecida como a candidata de Lula, do PT e da continuidade das políticas e dos benefícios econômicos gerados. Por outro lado, José Serra é atualmente visto pelo eleitorado como administrativamente mais capacitado para governar o país.

São eleições que caracterizam a entrada do Brasil em uma era moderna, onde os partidos e seus projetos se sobrepõem a seus candidatos. Tanto o PSDB como o PT representam hoje projetos alternativos, percebidos pelo eleitorado a partir da vivência de 8 anos do governo Fernando Henrique, por um lado, e de 8 anos do governo Lula, por outro. 57% dos brasileiros acreditam que os atuais benefícios econômicos e sociais foram gerados pelo governo Lula, contra 17% que atribuem ao governo Fernando Henrique o mérito da implantação das medidas para o desenvolvimento. 55% acreditam que Dilma Rousseff representa a continuidade das políticas econômicas e sociais do governo Lula, contra 26% que atribuem a José Serra a maior capacidade em dar continuidade a essas políticas. 46% acham que José Serra tem mais experiência e maior capacidade administrativa para governar o país, contra 33% que atribuem a Dilma Rousseff esse atributo. 30% indicam os debates eleitorais como o principal critério que vão levar em conta na escolha de seu candidato.

Temos que aguardar os debates para vermos se os possíveis erros e acertos dos candidatos podem vir a alterar o rumo das tendências dos benefícios sociais. No voto espontâneo, Dilma Rousseff supera hoje a José Serra, com 20% e 15%, respectivamente. No estimulado, apresentam percentuais equivalentes na casa dos 35%, com rejeições semelhantes abaixo dos 30%, indicadores que viabilizam suas candidaturas. As curvas de tendência favorecem à Dilma Rousseff.

Regionalmente, Dilma Rousseff tem bom desempenho no Norte Nordeste, e José Serra melhor desempenho no Sul. Minas Gerais passa a ter posição central e decisiva no pleito. Prevalece, entretanto, em Minas o sentimento de ser inapropriada a ausência de Aécio Neves na corrida presidencial, por fatores regionais. No gênero, José Serra apresenta distribuição uniforme, e Dilma Rousseff mais voto masculino do que o feminino, o que indica movimento social e possibilidades de maior crescimento. Quanto mais novo e mais escolaridade, mais José Serra e, quanto mais idade e menos escolaridade, mais Dilma Rousseff.

O Brasil entra em uma época moderna de desenvolvimento e alternância do poder em torno de um pacto central. Seremos em futuro breve como os Democratas e Republicanos nos Estados Unidos, social-democratas e conservadores, na Europa. Quando as diferenças de renda aumentam no âmbito social, o partido à esquerda implementa a distribuição de renda e os programas sociais. Quando a lucratividade da sociedade decresce, o partido à direita implementa o enxugamento do Estado e a rentabilidade empresarial. Com a alternância do poder.

No Brasil, o déficit social acumulado e os benefícios sociais gerados possibilitam a continuidade do projeto atual. A oposição tem dificuldades na geração de um discurso e projeto alternativo. Temos que observar se o curso das campanhas políticas pode vir a alterar essas tendências.

Arigo publicado na revista Em Debate, da UFMG.
Extraído do Conversa Afiada

terça-feira, 1 de junho de 2010

Charge do Kayser

CASO FORD

Justiça condena montadora a indenizar o Estado do RS
R$ 800 milhões
Esta é a quantia, em valores atuais, que a Ford terá de pagar ao Estado do RS, se perder recurso

“É uma pena que um companheiro que segurou no peito, que sofreu discriminações até depois de sair do governo, não tenha vivido para ver esta decisão. Zeca Moraes é merecedor de uma atenção especial. Nessas ocasiões, ele foi o sujeito mais determinado, que mais soube negociar, e que possuía uma visão de desenvolvimento do estado como nenhum outro”, disse o ex-governador, por telefone, à reportagem do Sul 21.

Para Olívio Dutra a homenagem é necessária, já que José Luiz Vianna Moraes, seu secretário de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais, foi acusado na época de ser um dos pivôs da perda da Ford.

Moraes faleceu em 2009, vítima de um infarto. Ligado à corrente Democracia Socialista (DS), trabalhou na prefeitura de Porto Alegre durante as consecutivas gestões petistas como secretário da Produção, Indústria e Comércio. Formado em economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), era funcionário de carreira do Instituto Riograndense do Arroz (Irga).

“Nunca nos passou pela cabeça que a nossa atitude fosse intempestiva, ou mal pensada. Ela estava centrada numa visão de desenvolvimento sustentado e de valorização das vocações regionais. A questão ainda não esta resolvida, mas acho que é um bom momento para uma discussão política, sempre interessante, sobre desenvolvimento”, concluiu o ex-governador.

Conheça na íntegra a sentença clicando AQUI