O Conselho de Representantes do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre junto ao DMAE (Departamento Municipal de Água e Esgoto) divulgou nota fazendo um alerta contra o projeto de reestruturação do departamento. A nota afirma:
“A direção do DMAE protagonizou, na semana passada, mais uma ação de intimidação contra os servidores. Todos os detentores de FGs do departamento foram convocados a participar de uma reunião com os diretores Luciano Hoffling Dutra e Eduardo Boesel. Nesta conversa foram intimados a ter uma ação mais contundente com relação à proposta de reestruturação produzida pela direção do DMAE e que tramita na Câmara de Vereadores.
Os diretores citados, de acordo com o relato dos colegas que participaram da reunião, pareciam ansiosos e indignados pelo fato de que o centro do governo não tem recebido a comissão constituída pela direção para tratar do assunto, enquanto o SIMPA tem apresentado ao governo a sua contrariedade ao projeto de reestruturação. Até propuseram, como instrumento de pressão, uma manifestação em frente à Prefeitura a favor da reestruturação. Todos teriam o ponto liberado.
A situação, além de hilária, é uma verdadeira aberração. Integrantes de um governo mobilizando e tensionando servidores para exercerem uma ação de pressão contra o governo do qual eles mesmos participam.
O que pode explicar essa insistência da direção do DMAE pela aprovação da reestruturação? Que tipos de interesses estão por detrás dessas atitudes e desesperos?
Por conta deste fato estamos mais uma vez reafirmando a nossa contrariedade ao Plano de Reestruturação que, na prática, representa o acúmulo de atividades e concentração de responsabilidades nas mãos de poucos, o que acarretará em prejuízo, tanto ao DMAE, como para o funcionalismo e, principalmente, para os usuários.
A implantação deste projeto significa a desestruturação do DMAE enquanto uma autarquia pública e de caráter universal. O Departamento deixaria de ser um órgão executor para ser um órgão prestador de serviços, abrindo espaço para terceirização desenfreada, como aconteceu recentemente com o DMLU. Além disso, o projeto não conta com a contribuição dos funcionários e de seus representantes na sua elaboração. No nosso entendimento, qualquer alteração da estrutura do DMAE deverá ser precedida pela construção de um plano de carreira organizado a partir de uma comissão paritária (com o mesmo número de integrantes representando a categoria e o governo municipal).
Mas apesar da intenção da direção do DMAE em aprovar a qualquer custo o Projeto de Reestruturação, afirmamos que estamos vigilantes e que não hesitaremos em fazer a defesa dos interesses reais da nossa categoria, no momento e lugar que isso se faça necessário”.
Extraído do RS Urgente
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