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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Tarso alerta sobre os recursos financeiros do estado: “Não há mar róseo pela frente”


Foto: Bruno Alencastro/Sul21
Por: Rachel Duarte/Sul21
“Não há mar róseo pela frente”. Este foi o alerta feito pelo futuro governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, sobre a situação financeira do estado em 2011, durante coletiva à imprensa, nesta segunda-feira (27). A quatro dias da posse, o governador eleito afirmou que não há recursos suficientes para investimentos no próximo ano.Tarso detalhou as medidas que serão tomadas nos primeiros 15 dias do seu governo e falou sobre a possibilidade de contar com R$ 2 bilhões, por meio de empréstimos junto ao Banco Mundial e BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social).
O futuro governador também anunciou novidades na esturtura de seus governo. Para aumentar a participação os partidos aliados, a futura administração contará com um Conselho Político, um Núcleo de Gestão, uma Coordenação de Governo e uma Junta Financeira.
As cartas-consulta que devem ser encaminhadas, nos primeiros dias de gestão, aos bancos nacional e internacional, já estão prontas. Do total de R$ 2 bilhões, R$ 1,7 bilhão deverá ser obtido no BNDES e R$ 300 milhões no Banco Mundial. Os recursos se destinam a investimentos em políticas microrregionais e à modernização da gestão. “É importante que a sociedade gaúcha saiba que nós já estávamos trabalhando para que essas cartas pudessem estar prontas agora”, enfatizou o governador eleito. A previsão é de que os recursos estejam no caixa estadual até novembro de 2011.
Tarso fez questão de deixar claro que os recursos existentes no Caixa Único são “ínfimos”. Para o futuro governador, a ideia de utilizar estes recursos em invesvimentos é pura ilusão. Nesta segunda-feira (27), o secretário da Fazenda, Ricardo Englert, afirmou que o governo Yeda Crusius deixará o Caixa Único com R$ 3,6 bilhões. “Com as informações que nós recebemos até agora, que estão imprecisas, só podemos utilizar parte destes recursos e o estado ainda deve R$ 4 bilhões ao Caixa Único”, afirmou Tarso Genro. “Os recursos reais são ínfimos e a escassez durará o ano todo”, previu.
O futuro governador disse que irá honrar as dívidas herdadas com contratos feitos pelo atual governo e que não irá atrasar os salários dos servidores públicos. “Janeiro está garantido o pagamento da folha. Teremos que tomar algumas medidas para que não nos falte recursos para o pagamento nos meses de fevereiro e março”, disse.
Tarso Genro afirmou que irá anunciar a situação real das finanças estaduais assim que assumir o governo. Isso, no entanto, disse ele, não será um ataque a nenhum governo e, sim, uma medida de transparência, mostrando o real “estado das artes”. E garantiu: “Vamos fazer um documento com os dados oficiais e divulgar”.
Bruno Alencastro/Sul21
Tarso Genro / Foto: Bruno Alencastro/Sul21
Dilema do setor público
O futuro governador também pediu a colaboração da imprensa para desvendar o que chamou de “dilema do setor público”. Segundo ele, há diferença entre situação orçamentária e situação financeira. Se isso não ficar claro, se poderá criar uma falsa ilusão sobre os recursos realmente disponíveis nos cofres públicos. “Numa visão puramente orçamentária tem recursos para financiamento em 2011. Na financeira, não é a mesma realidade. Uma coisa é ter destinação orçamentária, outra é ter dinheiro para pagar os recursos investidos”, distinguiu.
“Estamos otimistas com o crescimento do estado”, afirmou Tarso. “Não estamos intimidados e nem nos queixando. Nós sempre soubemos que a situação do estado era difícil do ponto de vista financeiro. Prevemos que a partir de julho, com o crescimento cumulativo dos recursos adicionais que buscamos, teremos um crescimento da receita estadual”, estimou.
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