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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Deputado soteropolitano defende a separação dos Bombeiros da Bahia

A ação dos bombeiros se assemelha mais ao trabalho da Defesa Civil ou da polícia? O questionamento feito pelo deputado estadual Capitão Tadeu (PSB) foi oficializado em forma de sugestão ao governador do estado, Jaques Wagner. Para o parlamentar, o Corpo de Bombeiros deve ser separado da Polícia Militar e integrado à Coordenadoria de Defesa Civil do Estado.

Para Capitão Tadeu, a atividade exercida pelos bombeiros são muito mais próximas daquela feita pela Defesa Civil, o resgate e salvamento de vidas e instituições, monumentos, entre outros. O desmembramento da instituição é o caminho melhor a ser percorrido, para ambos: bombeiros e corporação militar – defendo o socialista."As atividades do Corpo de Bombeiros são completamente diferentes das exercidas pela Polícia Militar. Só esta razão já bastaria para o referido desmembramento dessas duas importantes corporações", defendeu deputado. Para ele, ao estar atrelado à corporação da Polícia Militar, a estrutura do Corpo de Bombeiros inviabiliza em parte a da outra, gerando mais custos burocráticos, o que só atrapalha o desenvolvimento de ambas.

A sugestão do parlamentar foi apresentada à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), sob forma de indicação. Para o deputado que assina a petição ao governo do estado, haverá independência do Corpo de Bombeiro. "Nos estados em que houve a separação, tanto os bombeiros quanto as polícias militares ganharam, pois ficaram com as estruturas mais leves e mais ágeis, o que permitiu um melhor desenvolvimento", argumentou.

Fonte: CFF/Carlos Eduardo Freitas - BA

Nota do Blog: Como dá pra se notar, é consenso que a desvinculação das instituições é benéfica a toda a sociedade e também as próprias organizações militares. Cada uma irá cuidar de sua atividade fim.

Não consigo entender por que aqui no RS há parlamentares e integrantes do governo que são contra a separação. Restará apenas nós e São Paulo atrelados à Polícia Militar, aqui Brigada.

O discurso fácil de que irá aumentar os custos do Estado é uma falácia, até porque ninguém está propondo um Corpo de Bombeiros com a mesma estrutura burucrática e inchada da Brigada Militar. Funções que não tem nada relacionado com o trabalho específico dos bombeiros deverá ser repassado à administração central, ou seja, para a Secretaria de Administração e a Secretaria de Segurança.

O fato relevante é que hoje não temos bombeiros em mais de 400 municípios gaúchos. Será que nossa sociedade quer permanecer assim? Tem gente que nasceu, cresceu e morreu e nunca viu um caminhão de Bombeiros.

Pense nisso.

Venha para o lado da sociedade e apoie a separação.

Certamente o Estado como um todo só tem a ganhar.

Nova enquete

O Buracos da Baltazar está novamente realizando uma enquete sobre a separação dos Bombeiros.

Na última que realizamos, a pergunta era: "Você é a favor ou contra a separação do Corpo de Bombeiros da Brigada Militar".

A resposta foi de 92,78% favoráveis a separação.

Nesta nova edição, estamos perguntando se você acha que o Governo Tarso irá realizar a separação.

As opções de resposta são:

SIM, porque a separação é melhor para a sociedade
SIM, porque o governador não irá aguentar a pressão
NÃO, porque não mudará nada
NÃO, porque quem manda no RS é a Brigada Militar

Vote, participe, a enquete está disponível na coluna lateral.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Por que separar o Corpo de Bombeiros da Brigada Militar?

A resposta é tão simples que não há espaço para polêmicas. Policial e bombeiro são profissões diferentes. Polícia previne e investiga crimes. Bombeiro salva vidas em perigo.
O fato de serem militares não justifica a administração única. Partindo deste rasteiro raciocínio poderíamos afirmar que bombeiros militares ficariam subordinados à Polícia Militar e bombeiros civis à Policia Civil.
A hierarquia e a disciplina do Bombeiro Militar e da Polícia Militar os fazem iguais na forma de administrar, mas não modificam a natureza do seu ofício. A formação de um policial está afeta a área das humanas e a do bombeiro às exatas.
Vou apresentar dois exemplos profissionais, um na área civil e o outro na militar, para consolidarmos este entendimento.
Médicos se especializam em cardiologia, pediatria ou anestesia. Assim faz o calouro dentista que se aprimora em estética dentária, ortodontia ou periodontia. Escolhem especializações decorrentes da sua profissão básica. Nenhum engenheiro civil se especializa em reprodução animal, porque isto não tem nenhuma aplicação prática na sua vida profissional.
Nas Forças Armadas Brasileiras não temos super soldados especializados em pilotar aviões, dirigir carros de combate ou conduzir navios de guerra. Cada instituição militar cumpre a mesma missão de manter a Soberania Nacional, mas de forma totalmente independente.

A especialização de policiais em bombeiros (e vice-versa) aconteceu no Brasil até a Constituição de 1988. O absurdo brasileiro foi corrigido e estas atividades foram desmembradas também pelas Constituições Estaduais de 1989, marcando a independência dos Corpos de Bombeiros Militares estaduais em todo o País.
As Polícias Militares mais tradicionais resistiram à mudança, por isto só São Paulo e o Rio Grande do Sul ainda mantêm esta situação inalterada, apesar dos vários movimentos insurgentes. Insistem na idéia, mesmo sabendo que o mais antigo Bombeiro brasileiro, o do Rio de Janeiro, foi criado independente no ano de 1856. A Bahia e o Paraná já estão em fase avançada de desmembramento.
Este atrelamento à Brigada Militar traz problemas ao Corpo de Bombeiros, com especial destaque à seleção, ao treinamento, aos equipamentos, às técnicas e táticas de salvamento e ao combate ao incêndio.
A seleção não distingue quem tem aptidão para ser bombeiro ou policial militar. Ela mata sonhos porque não é mais possível escolher uma das duas profissões. Quem ingressa na Brigada Militar o faz para ser seu Soldado e servir em qualquer unidade (de policiamento ou de bombeiro) do Rio Grande do Sul. O Soldado que vai servir nos bombeiros não precisa saber nadar. Não faz parte dos pré-requisitos para ser Soldado da Corporação. Como ele vai salvar vidas em perigo nas enchentes, nos rios ou no mar? Talvez isto explique porque 70% dos salva-vidas dos litorais norte e sul são policiais militares que durante quatro meses deixam suas cidades desprotegidas para exercer uma função estranha a sua atividade diária. Em números reais seriam quase 1.200 homens.
Os currículos dos soldados de policiamento e bombeiros foram unificados. Mais de 70% do conteúdo do Curso de Básico de Formação do Soldado Bombeiro é matéria de policiamento. O bombeiro aprende sobre fiscalização de trânsito, mas não recebe nenhuma instrução sobre Defesa Civil. Aprende a atirar, mas não sabe fazer um rapel. Aprende sobre sociologia do crime, mas desconhece como se faz uma respiração cardiopulmonar.
Precisamos corrigir este erro histórico. O modelo de Polícia Militar de 1988 terminou naquele ano. O Corpo de Bombeiros do RS esta atrasado nesta evolução há 24 anos, motivo pelo qual carrega o título de pior bombeiro do país.
Para ilustrar ainda mais estes desencontros profissionais saiba o leitor que atualmente todos os mergulhadores (homens-rãs) são policiais militares, atuando nas unidades de bombeiros em mais um gritante desvio de função. São proibidos por lei de atuarem nos sinistros e nos salvamentos, pois não tem preparo profissional pra tanto. Apesar disto são homens e mulheres abnegados, que mergulham nas frias águas gaúchas, sem equipamento adequado, na maioria particular ou emprestado, pois o órgão “responsável” pela logística da Corporação entendeu que não era prioridade, mesmo depois de insistentes pedidos formais, ou seja, cada um que se vire com o que tem.
No ano passado foram investidos 157 milhões de reais no policiamento e um pouco mais de 3 milhões nos bombeiros. Este valor equivale a 2% do investimento total. A falta de orçamento próprio acumula as razões da separação. A Brigada Militar, a cada ano, devolve cerca de 10 milhões de reais aos cofres públicos por falta de projetos que justifiquem o seu gasto. Com esta sobra os bombeiros poderiam comprar 40 caminhões no primeiro ano de emancipação.
Logo, a minha obviedade chega ao clímax. A Brigada Militar é uma Polícia Militar que realiza policiamento ostensivo fardado, onde o serviço de bombeiro é estranho a esta profissão. Não são antagônicos, mas também não se completam. É um ofício dentro do outro. Quem tem duas coisas pra fazer ao mesmo tempo só tem uma saída: ou faz as duas tarefas de qualquer jeito ou deixa uma em segundo plano para se dedicar à mais urgente. Por isto que a Brigada prioriza o policiamento. É assim que faz, fez e fará. É uma lógica imutável.
Não salvamos mais vidas e não preservamos mais bens por falta de políticas públicas nesta área. A Brigada Militar sempre priorizou o policiamento e cada vez mais deve fazê-lo, pois é uma Polícia Militar que tem esta pesada tarefa constitucional e não podemos condená-la por isto. Faz o que tem que fazer.
Portanto, separar o Corpo de Bombeiros da Brigada Militar é a mais coerente atitude de um administrador e deve ser apoiado por todos. A Brigada Militar não ficará menor e o Corpo de Bombeiros se fortalecerá, melhorando a prestação dos seus serviços à comunidade gaúcha. Já é assim em 25 Estados brasileiros. Desafio alguém mostrar que a população perdeu com esta moderna administração da Segurança Pública nos outros Estados da Federação.
Separar o Corpo de Bombeiros da Brigada Militar significa melhorar a Segurança Pública no Estado do Rio Grande do Sul.

Autor:
DANIEL DA SILVA ADRIANO
Tenente-Coronel RR da Brigada Militar
sammuellacker@hotmail.com.br

terça-feira, 19 de julho de 2011

Editorial do SUL 21

O corporativismo policial militar como empecilho à melhoria dos serviços de segurança e de prevenção e salvamento


O corporativismo estreito das instituições militares e policiais no Brasil vem prejudicando há muito o aperfeiçoamento da qualidade dos serviços de segurança prestados à população. Em nome da autonomia de suas corporações, mas na verdade para alimentar rixas históricas e afirmações de especificidades que só servem para preservar pequenos privilégios, a polícia civil e a militar, cada uma do seu lado, insistem em manter separadas organizações e funções que se encontram integradas em todo o mundo desenvolvido.

Resquício do poder militar do período ditatorial mantém-se ainda, no Brasil, a existência de uma Polícia Militar – cujo bairrismo e conservadorismo gaúcho insistem em continuar denominando de Brigada Militar – separada do polícia civil. Cada uma destas polícias mantém atribuições e competências distintas e somente a muito custo se integram na condução das ações policiais.

Concebida para exercer funções ostensivas, de intimidação ao crime e às transgressões, a polícia militar empunha armas e traja um fardamento característico. Concebida para exercer funções investigativas, a polícia civil, dita judiciária, não exibe armamentos nem uniforme e tem a atribuição de instaurar inquéritos e de encaminhá-los ao Poder Judiciário. Na prática, o que ocorre é muito diferente: ambas as polícias fazem inquéritos que, no entanto, são refeitos, quase sempre, pelo Poder Judiciário.

Nos países de democracia avançada e com serviços públicos de qualidade, incluindo-se os de segurança, existe apenas uma polícia, subordinada ao poder judiciário e agindo em cooperação com ele. As funções ostensivas são exercidas pelos policiais fardados e somente um inquérito é elaborado em conjunto com o Poder Judiciário. Os ganhos de competência e agilidade são imensos e eliminam-se também as disputas e as rixas rotineiras onde as polícias se mantém separadas.

No Brasil, ao contrário, a força do corporativismo policial retrógrado e o temor de enfrentar os velhos conceitos militares é tal que, além da divisão descabida, mantêm-se unidas ainda hoje, em alguns estados, instituições cujas funções não apresentam mais qualquer afinidade, pelo simples fato de que, historicamente, mantiveram-se unidas. É o caso do Corpo de Bombeiros e da Polícia (Brigada) Militar.

Em apenas quatro estados do país, dentre os quais o Rio Grande do Sul (além da Bahia, de São Paulo e do Paraná), permanecem unidas as corporações da polícia militar e a dos bombeiros. Nestes quatro estados, os bombeiros encontram-se subordinados em suas ações às determinações e ao comando da polícia militar. Desde 1988, com a Constituição Cidadã, os estados federados foram separando as duas instituições e determinando funções específicas para cada uma delas. Ganhou-se competência e efetividade nas ações em todos os lugares onde isto aconteceu.

No Rio Grande do Sul a divisão é quase um tabu. Não se deve tocar no assunto, nem mesmo quando o governo sinaliza disposição para discutir a questão e a população se manifesta favoravelmente ao desmembramento. Assunto mais votado entre os propostos aos internautas na estréia do Gabinete Digital do governo do Estado, do que resultou uma manifestação do governador Tarso Genro no sentido de que se deveria estudar o significado da autonomia dos Bombeiros, instalar um grupo de trabalho para tratar do tema e, posteriormente, editar um decreto para solucionar o debate, o comandante da Brigada Militar, ouvido pelo Sul 21, afirmou que a fala do governador foi mal interpretada e que “não há proposta sobre o tema porque nem [se está] tratando do assunto internamente [à Brigada]”.

Mal equipados, já que a maioria das verbas (que são sempre escassas na área de segurança) vai para o policiamento, mal aproveitados, já que os oficiais treinados em atividades de salvamento são destacados para exercer atividades de policiamento ostensivo, os Bombeiros nadam contra a corrente. A Associação dos Bombeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Abergs) realiza palestras e promove encontros com a comunidade para expor as vantagens da separação entre Bombeiros e Policiais Militares.

Parece lógico (e talvez seja até evidente) que as funções de policiamento ostensivo e de salvamento são distintas e muito pouco complementares. Parece lógico (e quem sabe evidente) que as funções de salvamento (e de prevenção) devam ser exercidas por uma instituição criada e mantida especificamente para este fim. Parece lógico (e evidente) que os Bombeiros devam estar integrados e incorporados à Defesa Civil, como já ocorre em muitos estados brasileiros. Só a obtusidade do corporativismo estreito pode justificar a recusa da análise isenta e da discussão aberta do assunto. Dos dois assuntos, aliás, da separação dos bombeiros e da integração das polícias.

Bombeiros esperam pela desvinculação

Grupo de trabalho vai discutir o desmembramento da Brigada Militar


Combate ao fogo é apenas uma das
atribuições do Corpo de Bombeiros
Crédito: ALEXANDRE MENDEZ / CP MEMÓRIA
Os bombeiros aguardam ainda a instalação do grupo de trabalho que discutirá a desvinculação da corporação da Brigada Militar. Em junho, por meio do gabinete digital, o governador Tarso Genro abriu a possibilidade de discussões sobre a separação das duas instituições. Conforme o coordenador-geral da Associação dos Bombeiros dos Estado do RS (Abergs), soldado Ubirajara Pereira Ramos, houve uma reunião há e dez dias, mas não foi definido quem serão os integrantes do grupo de trabalho.

"Na semana que vem, vamos fazer novo contato com o governo para ver como está o andamento do assunto", disse Ramos. Enquanto isso, os integrantes da Abergs continuam com a mobilização, para conscientizar a população sobre a importância da desvinculação. Segundo Ramos, estão sendo feito palestras em universidades, e contatos com entidades de classe, como a Ordem dos Advogados do Brasil, seccional RS, o Conselho Regional de Agronomia, Arquitetura e Engenharia (Crea), Famurs, entre outros. "As pessoas têm se mostrado favoráveis à nossa reivindicação", garantiu. "Estamos em contato também com os deputados estaduais, pois a desvinculação deverá ser votada na Assembleia, apesar do projeto partir do Executivo", lembrou Ramos.

O coordenador da Abergs lembrou que a população ainda desconhece alguns dos trabalhos do Corpo de Bombeiros. O mais conhecido é o combate a incêndios, mas em várias ocorrências os bombeiros são acionados. Ramos ressalta que a corporação possui o trabalho de prevenção a incêndios, por meio de vistorias nas construções. "Atuamos em ocorrências de busca e salvamento e no resgate de feridos em acidentes de trânsito", nominou, citando ainda as atividades de Defesa Civil, "às quais estamos cada vez mais presentes". Os números de ocorrências atendidas pelos bombeiros comprovam a versatilidade da corporação.

Segundo dados da BM, apenas no quesito salvamento foram 5.787 ocorrências atendidas por bombeiros, em todo o RS, no primeiro semestre deste ano. Uma mostra de que a responsabilidade da instituição não se restringe apenas a combate a incêndios ou resgates, mas a várias atividades. De janeiro a junho, os salvamentos efetuados pelo Corpo de Bombeiros foram relativos a fraturas (495 casos); atendimento a gestantes (183); mal súbito (2,3); salvamento de pessoas presas em altura (118); presas no elevador (75); nas ferragens, durante acidentes (203); salvamento ou resgate de corpos em mar, rio, poço (57), veículos (2,7 mil).


Matéria publicada no Correio do Povo do dia 16/7/2011

terça-feira, 12 de julho de 2011

A SOCIEDADE GAÚCHA QUER QUAL BOMBEIRO?

Assista ao vídeo abaixo, referente ao Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, independente da Polícia Militar, desde o ano de 2003, e saiba o porquê da desvinculação de nosso Corpo de Bombeiros da Brigada Militar e os benefícios com que a comunidade gaúcha contará com um bombeiro independente.



O QUÊ OS BOMBEIROS GAÚCHOS QUEREM?

Os Bombeiros gaúchos querem ser independentes como prevê a Constituição Federal desde 1988.

Querem que o Estado se estruture para atender melhor os municípios gaúchos e que não ocorram desperdícios de verbas públicas devido ao fato de estarem subordinados a uma estrutura de polícia ostensiva (Brigada Militar).

Queremos prestar um serviço de qualidade à sociedade gaúcha.

O Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, após a separação em 2003, utilizando um projeto de desvinculação elaborado pelo RS no ano de 2000, é hoje referência nacional.

Ainda restam dúvidas quanto aos benefícios da desvinculação?

ENTÃO, QUAL O MELHOR CORPO DE BOMBEIROS PARA A SOCIEDADE GAÚCHA?

O modelo atual de formação policial, onde policiais militares(brigadianos) atuam em atividade de bombeiro, ou o modelo dos demais Estados, como o de Santa Catarina onde a atividade de bombeiro é realizada por profissionais formados em 100% na atividade fim.

Caso, algum gaúcho encontre aqui no RS, uma estrutura de Bombeiro tão boa e eficiente quanto à de Santa Catarina, nos avise.

Fonte: www.abergs.org.br

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Seminários vão tratar da Porto Alegre que queremos para além da Copa


Se você concorda que é preciso debater a Capital dos gaúchos para além dos jogos de 2014, participe dos Seminários que o PT está promovendo.

O primeiro será nesta quinta-feira, às 19h, na sede do PT municipal (João Pessoa, 785). Carlos Simon, Coordenador do Comitê Executivo da Copa, Sérgio Baierle, Cientista Político e consultor da ONG Cidade, e Cláudia Fávaro, militante social do Comitê Popular da Copa serão os debatedores.

A outra agenda, em parceria com os partidos que compõem a base do governo Tarso Genro (PT, PSB, PCdoB, PPL e PR) será realizada na próxima segunda-feira (18/07), na Câmara Municipal de Porto Alegre (Av. Loureiro da Silva, 255).

A programação inicia às 18h30 com o painel ‘A copa como oportunidade de desenvolvimento para Porto Alegre: turismo, infra-estrutura, obras e mobilidade, com a deputada federal Manuela D´Ávila e o Coordenador do Comitê Executivo da Copa, Carlos Simon. O segundo painel versará sobre os desafios para a viabilização do evento: um balanço dos projetos em andamento na cidade, com os vereadores Adeli Sell (PT) e Airto Ferronato (PSB.

A entrada é franca.

PT-POA lança "Carta a Porto Alegre

Alvorada "o capital" da Solidariedade

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Entregue relatório paralelo da CPI do ProJovem

Na tarde de ontem (6/7), foi votado na Câmara Municipal de Porto Alegre o relatório “chapa branca” da CPI do ProJovem redigido por Reginaldo Pujol. O parecer apresentado para os 13 vereadores da Comissão de Inquérito Parlamentar não constatou nenhuma irregularidade, assim como a sindicância instalada pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre, embora ambos tenham sido embasados nos mesmos fatos que resultaram no indiciamento de 09 pessoas pela Polícia Federal. O documento foi aprovado por 07 dos 11 vereadores votantes.

Durante os sete meses de apurações, os vereadores envolvidos na CPI analisaram documentos relativos a contratações de entidades privadas pela Secretaria Municipal da Juventude (SMJ) para a gestão do programa federal de inclusão social ProJovem fornecidos pela Procuradoria Geral do Município, Ministério Público Federal, Procuradoria Regional do Trabalho, Secretaria Municipal da Juventude e nos depoimentos das 23 testemunhas (das quais 11 foram chamadas por Mauro Pinheiro). Durante a pesquisa Mauro Pinheiro identificou irregularidades como organização criminosa, formação de quadrilha, dispensa indevida de licitações, pagamento indevido de recursos públicos sem pactuação pré-existente e sem cobertura contratual, desvio de recursos públicos através de superfaturamentos, usurpação de cargo ou função pública e falsidade ideológica.

O estudo resultou na elaboração de um relatório paralelo de 112 páginas que foi entregue para o presidente da CPI, Luiz Braz, que deverá anexá-la ao relatório final de Reginaldo Pujol. Os documentos serão enviados para o Prefeito Municipal, Presidente do Tribunal de Contas de Estado do Rio Grande do Sul, Procurador Geral de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, Ministro Presidente do Tribunal de Contas da União, Procuradora Chefe do Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul, Delegado Regional da Receita Federal, Superintendente da Polícia Federal no Rio Grande Sul.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Desmembrar o Corpo de Bombeiros da Brigada é pensar no cidadão!

...do território gaúcho tem cobertura dos Bombeiros
Por Adeli Sell*


Acredito que muitos leitores desconhecem o fato de que os Bombeiros do nosso Estado existem moral, ativa e factualmente, mas não legalmente. Apesar de ser uma atividade única, ímpar e específica, a corporação não tem identidade. São Policiais Militares com especialidade em prevenção e combate a incêndios.

Para ser um bombeiro, o sujeito destina apenas 30% de seu aprendizado à atividade específica de prevenção e combate a incêndios, sendo o restante voltado às atividades policiais e militares. Este é um dos fatores – e na minha opinião o principal – que respalda a minha defesa de desvinculação dos Bombeiros da Brigada Militar, pois uma formação específica para a área qualificaria os serviços prestados.

O policial militar tem que entender de segurança pública. Sabemos que o serviço prestado por eles é extremamente necessário e também tem seus problemas, mas não podemos permitir que uma corporação com filosofia e doutrina policial administre outra totalmente distinta, pois pela lógica, é claro que ela irá priorizar a sua atividade fim.

Os Bombeiros precisam ter conhecimentos específicos necessários para a realização das suas atividades, como entender de catástrofes; combate ao fogo; salvamento de vidas em incêndios e enchentes. Bombeiro tem que ter conhecimentos técnicos em construções. Tem que ter noções essenciais sobre todos os tipos de inflamáveis, gases, derramamento de combustíveis, ventos e águas violentas. Isto tudo exige conhecimentos de engenharia, arquitetura, química, física, por exemplo. É por isso que me pergunto: de que adianta a um bombeiro ser um exímio atirador? De que adianta a um bombeiro ser um craque em defesa pessoal?

Nosso Corpo de Bombeiros está sucateado e hoje seus servidores estão presentes em apenas 19% do território gaúcho. Ou seja, existem mais de 400 municípios que não possuem serviços de Bombeiros. O processo de desvinculação já ocorreu em boa parte do Brasil, e mundialmente os Bombeiros são independentes, não há lógica ou explicação técnica para a manutenção da entidade na formação que está.

Não poderíamos deixar passar o 2 de julho sem pautar este debate. Pois no País, só restam dois Estados da Federação com bombeiros vinculados ao Comando de sua Polícia Militar e se compararmos eles aos Estados em que foi feito o desmembramento, todos, sem exceção, tiveram avanços sem precedentes, seja na formação específica, quanto no caso da sua estrutura física.

Desvincular o Corpo de Bombeiros de uma hierarquia complexa e desconexa é imprescindível para o segmento. Formar homens e mulheres para a Defesa Civil, e para as múltiplas ações que o Corpo de Bombeiros trata e pode tratar, é também fundamental.

Não foi fortuito, por fim, que este tema foi o primeiro e mais solicitado ao governo do Estado no seu Gabinete Digital.

Adeli Sell é vereador e presidente do PT-POA