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segunda-feira, 14 de março de 2011

Escândalo dos pardais no RS - resquícios do Governo Yeda



O governo Yeda acabou. Derrotado nas urnas, não se esperava que ele ainda pudesse se fazer presente no que foi sua marca maior: escândalos de corrupção. Como um “fantasma” que paira sobre o estado, as marcas do governo Yeda persistem, e teimam em se manter. 
O novo escândalo envolve suspeitas de fraudes em licitações de controladores eletrônicos de velocidade, os populares pardais, no Rio Grande do Sul venho a público em matéria exibida na noite de domingo (13/03) no programa Fantástico, da TV Globo.
Três coordenadores e o ex-diretor geral do DAER no governo Yeda, Gilberto Cunha, tiveram os sigilos bancário e fiscal quebrados pela Justiça. Eles estão sendo acusados de improbidade administrativa em ação civil pública ajuizada pela Promotoria de Defesa do Patrimônio Público do RS. A investigação apontou um suposto prejuízo de quase R$ 13 milhões aos cofres públicos devido as irregularidades.
As denúncias foram feitas por uma concorrente, a Kopp, de Vera Cruz, que alega ter sido desclassificada indevidamente da licitação realizada em 2006. Em valores atualizados, o contrato assinado entre o órgão e a empresa paulista chega a R$ 30 milhões, segundo cálculos da promotoria. Durante a investigação, o Ministério Público descobriu que dos 99 pardais instalados pela Engebrás, 57 foram reutilizados, o que contraria o edital que exigia equipamentos novos.
Algumas empresas chegam a entregar já pronto um edital que deve ser publicado pelas prefeituras. Uma delas é a CSP, de Florianópolis. O vendedor Tiago Rodrigues deu a cópia de um desses editais à reportagem. Questionada, a CSP disse que o vendedor ofereceu propina por imaginar estar negociando com um representante comercial e negou entregar editais direcionados. 
Outro fabricante que adota a prática é a Perkons, de Curitiba. Durante as negociações, um funcionário da empresa enviou uma cópia do edital. O documento prevê a instalação de pardais e lombadas eletrônicas em cinco endereços de uma cidade gaúcha, fornecidos pela reportagem.
Um desses locais é uma rua de chão batido (foto acima), onde passam mais carroças e crianças em bicicletas que carros. Nessa viela, a empresa concordou com a instalação do equipamento com quatro faixas de fiscalização.
Entre os suspeitos, está o coordenador dos Sistemas Eletrônicos de Operação Rodoviária (Seor) do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), Paulo Aguiar, que teve a exoneração anunciada assim que a denúncia foi apresentada ao secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque, que anunciou a sua decisão no twitter (imagem abaixo).


O maior problema nesse episódio é que se explicita mais uma vez o equivoco de se fazer concessões a “banda podre” da política gaúcha. Explico: o agora ex-diretor do Daer, Paulo Aguiar, ocupava o mesmo posto durante o governo Yeda, sabidamente o governo mais corrupto da história recente do estado. 
O erro da atual gestão foi manter figuras ligadas a esta gestão desastrosa. Infelizmente ele não é o único. Esperamos que este triste episódio sirva de lição para que os resquícios do governo Yeda sejam defenestrados imediatamente, sob pena de termos outras situações como esta que podem, de forma maliciosa, serem usadas para gerar desgastes injustificados ao governo Tarso Genro.


Copiado do blog Aldeia Gaulesa

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