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terça-feira, 30 de novembro de 2010

SEMINÁRIO

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Governo estuda desonerações para banda larga custar R$ 15

O governo federal está trabalhando na desoneração de impostos como PIS e Cofins para aparelhos de modems e na concessão de incentivos fiscais para baratear o acesso aos serviços de internetem alta velocidade no país. As ações foram apresentadas hoje (30), durante a terceira edição do Fórum Brasil Conectado.

De acordo com Arthur Coimbra, membro do Comitê Gestor do Programa de Inclusão Digital (CGPID), a desoneração de impostos para os modems, proposta conhecida como “Modem para Todos”, já foi aprovada pelo Ministério da Fazenda, e aguarda apenas a normatização. Já a formulação de um plano de incentivos fiscais federais e estaduais para possibilitar o acesso aos serviços de banda larga por cerca de R$ 15 já foi aprovada em reunião ministerial, mas ainda falta ser autorizada pelo Ministério da Fazenda.

Também estão sendo trabalhadas medidas para facilitar a atuação de micro e pequenas empresas prestadoras de serviço de acesso em banda larga, como o financiamento público e a desoneração de contribuições como Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) e o Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel).

Coimbra destacou que é preciso também discutir, no âmbito da reforma tributária, os impostos que incidem sobre serviços de telecomunicações no Brasil, que, segundo ele, estão muito acima das médias internacionais.

Outra ação necessária, segundo ele, é a liberação da faixa de frequência de 450 mega-hertz (MHz) para levar a banda larga para áreas rurais e escolas públicas. De acordo com Coimbra, essa faixa atualmente é utilizada pela Polícia Federal e algumas polícias estaduais. A migração deve levar de oito meses a dois anos, a um custo de US$ 40 milhões.

Na abertura do encontro, o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ronaldo Sardenberg, disse que o conselho diretor da agência deve ter uma definição sobre a destinação da faixa de 450 MHz na próxima semana e, até o fim do ano, sobre o Plano Geral de Metas de Universalização da telefonia fixa (PGMU 3). “Nossa meta é cumprir todos os os prazos previstos e oferecer ao Brasil um marco regulamentar tecnicamente consistente estável e duradouro.” Ele disse que espera iniciar 2011 com 50% das matérias relacionadas ao Plano Nacional de Banda Larga concluídas ou bem encaminhadas na Anatel.

O secretário especial da Presidência da República, Cezar Alvarez, avaliou que houve avanços na área de regulamentação das questões envolvendo o Plano Nacional de Banda Larga. Segundo ele, até o fim do ano, a versão final do PGMU 3 será encaminhado para aprovação final do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Fórum Brasil Conectado é um comitê formado por representantes de estados e municípios, do Legislativo, de operadoras, de fabricantes de equipamentos, de desenvolvedores de software, de produtores de conteúdo digital, de entidades de representação dos usuários e da sociedade civil. O objetivo do grupo é debater a implantação do Plano Nacional de Banda Larga no país, que pretende oferecer internet rápida a preços baixos.

Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Por que o RS precisa de Bombeiros desvinculados da BM

Algumas pessoas podem se perguntar, por que uma pessoa que não é Bombeiro pode se dedicar tanto a uma pauta que diz respeito diretamente a esses profissionais. A resposta é fácil, será muito melhor para toda a sociedade e também para a máquina pública.

A profissão Bombeiro é classificada como profissão natural, isto é, está entre aquelas que surgem naturalmente em uma sociedade por necessidade. A atividade de Bombeiro é única, é ela que tem a missão de socorrer a comunidade em situações de calamidade. Por ser uma atividade única e essencial para sociedade ela deve ser autônoma para executar da melhor forma suas responsabilidades.

Qual o motivo da atividade de Bombeiro ser encampada pela Brigada Militar? Não há descrição formal ou informal dos motivos que expliquem tal acontecimento.

A partir de 1935 os Bombeiros foram subordinados a Brigada Militar, no interior do Estado isto aconteceu anos depois.

Antes de 1935 os Bombeiros eram mantidos pelo Município, Estado e empresas de seguros.

Esta situação de subordinação implica na inexistência de uma obra ou informações sobre a história dos Bombeiros no Estado.

Sempre que avaliamos algo, é necessário fazer uma analogia. No caso, como estão estruturados os Bombeiros no mundo e no Brasil?

No mundo, os Bombeiros são autônomos, vinculados aos Municípios, Estados ou a nível Federal;

Em apenas quatro Estados brasileiros, os Bombeiros ainda são vinculados à Polícia Militar (RS, PR, SP e BA ), sendo que Bahia e Paraná já estão com processo de desvinculação em suas Assembléias Legislativas.

Distinção entre as atividades:

Polícia:
Faz policiamento ostensivo, combate e investiga crimes

Bombeiro:
Faz prevenção e combate a incêndio, salvamento de pessoas e animais, atividades de Defesa Civil

Portanto, essas atividades não possuem afinidades que justifiquem sua subordinação, de uma com a outra; obviamente sempre poderá haver apoio de ambas em determinadas circunstâncias.

A Constituição Federal (1988) prevê no Art.144, a missão institucional dos Bombeiros, deixando clara a sua não subordinação as Policias Militares.

Ainda prevê em seu Art.37 o Princípio da Eficiência na Administração Pública, ou seja, uma instituição somente é eficiente, quando exercida por pessoas capacitadas para a atividade fim a qual se destina.

A Constituição Federal deixa claro que são duas instituições que prestam serviços diferentes e de forma autônoma. Portanto, não há descrição de uma destas atividades ser subordinada a outra.

SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA

Cabe avaliar em que sistema de segurança pública estão inseridos os Bombeiros para que haja uma melhor compreensão de sua posição dentro do mesmo.

Se existem duas Polícias independentes (metodologia, ideologia e organização), porque os Bombeiros são subordinados a uma delas?

É contrariar a lógica e o bom censo, uma mesma atividade (Polícia) ser separada de forma organizacional e de metodologia de trabalho, enquanto outra atividade (Bombeiros) com finalidade diferente ser subordinada a uma delas.

RECURSOS FINANCEIROS

  • Uma instituição com identidade e autonomia possibilita ter maior sucesso na busca de recursos;
  • Possibilita a captação de recursos nacionais e internacionais;
  • Evita a intermediação e o direcionamento de recursos para outras atividades;
  • Tem garantia de verbas para manutenção e investimentos (orçamento próprio).
MAIOR INTEGRAÇÃO ENTRE OS ORGÃOS

Integração total Bombeiros / SAMU em Santa Catarina

Integração total Bombeiros / SAMU em Alagoas

O comando da Brigada Militar recusa-se a realizar a integração com o SAMU, alegando incompatibilidade de função. É o único Estado em que não há nem cooperação entre estes órgãos.

A SELEÇÃO E FORMAÇÃO SERÃO DE BOMBEIRO E NÃO DE POLICIAL.

É contrariar a lógica e o bom senso selecionar um profissional com um determinado perfil e empregar em outra atividade.

Não existe concurso público para o Corpo de Bombeiros, existe concurso para ingressar na Brigada Militar.

Todos os servidores que desempenham a atividade de Bombeiro são selecionados com o perfil intelectual e psicológico de Policial.

Economia, qualidade e agilidade na formação de pessoal, pois haverá somente a formação de Bombeiro.

A formação será de Bombeiro, conseqüentemente aprimora-se a qualificação e o desempenho do servidor.


Hoje esta formação é de 70% na atividade policial e apenas 30% na de bombeiro.

Portanto, o gasto do dinheiro público com a formação de um servidor numa área em que ele não vai atuar é um absurdo. Seja para bombeiro, como para o policial, são recursos públicos que poderiam estar em outro emprego, ou então, na maior qualificação do servidor na sua área específica.

ESTRUTURA ATUAL DOS BOMBEIROS

O Corpo de Bombeiros já possui uma estrutura básica que permite sua emancipação e atuação imediata.

Para demonstrar a precariedade da prestação do serviço de Bombeiro através de sua área de abrangência, atualmente dos 497 municípios do Estado apenas 93 possuem uma unidade de Bombeiro.
BOMBEIROS EXISTENTE X NECESSÁRIO

Atualmente existem aproximadamente 2.400 Servidores do Estado que desempenham a atividade de Bombeiro, sendo que a recomendação da ONU é de 01 Bombeiro para cada 1.000 habitantes.

O Estado do Rio Grande do Sul possui uma população de 10.576.758 hab. segundo o censo 2010 do IBGE, ou seja, seriam necessários 10.577 servidores no Corpo de Bombeiros.

Segundo a ABERGS, com a metade do ideal poderia ser realizado um serviço de excelência, caso existisse  a autonomia no RS.

Para efetuar um grande evento em qualquer lugar do mundo um dos pré-requisitos é a estruturação dos Bombeiros para atuar caso seja necessário, mas para atender a este requisito ele deve primeiramente existir.

Como está a preparação para Copa do Mundo em 2014 (de acordo com as exigências da FIFA) dos Bombeiros de Porto Alegre?

DEFESA CIVIL (DESASTRES E CALAMIDADES)

Está descrito no Art. 144, §5º da CF que aos Corpos de Bombeiros Militares, além das atribuições definidas em lei, incumbem a execução de atividades de Defesa Civil.

Na sociedade atual estamos sendo surpreendidos por eventos de calamidade pública de ordem natural ou ocasionados pelo homem em que se faz necessário uma estrutura de socorro bem preparada (Defesa Civil).

A autonomia do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul é a principal providência para atuar no atendimento a calamidades, pois este é o responsável legal para executar as atividades de Defesa Civil, é também a instituição que possui maior afinidade, dando a base estrutural para tais atividades.

Em nosso Estado o Corpo de Bombeiros não existe de fato, portanto, não são os Bombeiros que executam as atividades de Defesa Civil!

Em nosso Estado não é um bombeiro que comanda a Defesa Civil. O Tenente Coronel Abel Monteiro de Souza, Chefe da Casa Militar e Coordenador Chefe da Defesa Civil do Estado do Rio Grande do Sul, tem esta atribuição.

No site do Governo do Estado está o currículo do coordenador. Nota-se que ele não tem nada a ver com a atividade de bombeiro:



No vídeo abaixo, fala sobre a Audiência Pública realizada em 10/06/2010 na AL sobre o tema. Inclusive tem o depoimento de um Oficial Bombeiro de Santa Catarina. Vale a pena assistir:


A Associação Nacional de Proteção contra Incêndios (NFPA) dos Estados Unidos, têm estudado os departamentos de bombeiros em cidades de todos os tamanhos, por todos os Estados Unidos e Canadá por muitos anos, e está convencida de que “não há nenhuma vantagem, nem econômica, nem operacional quando as funções de polícia e de bombeiros são combinadas.

Para quem tem ainda alguma dúvida sobre a vantagem de ter o Corpo de Bombeiros independente da Brigada Militar, bombeiros de outros estados deram depoimentos à Revista Emergência em 2003:

Do Corpo de Bombeiros do Acre: “A nova realidade é plena de sucessos, com a população recebendo serviços qualificados. A corporação pode celebrar convênios visando à aquisição de viaturas e equipamentos, bem como parcerias com universidades para aprimoramento técnico”.

Do Corpo de Bombeiros de Goiás: “O desmembramento nos proporcionou orçamento próprio, reestruturação das unidades, aumento de efetivo especializado e melhor distribuição de pessoal”.

Do Corpo de Bombeiros do Ceará: “A autonomia nos trouxe desenvolvimento administrativo e operacional".

Do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais: “Com a emancipação obtivemos orçamento próprio e agilidade no processo decisório".

Tomando como base Santa Catarina, em que a emancipação se deu em 2003, vemos o salto em qualidade:





Fonte: ABERGS

Quando o Governo diz que possui tal número de brigadianos, está aí somado o número de bombeiros, dando uma falsa idéia de que o contingente de policiais é maior do que realmente é.

O que os altos comandantes da Brigada Militar (que são contra a desvinculação) não dizem, é que o real motivo de serem contra esta separação, é que o número de brigadianos cairá para menos de 20.000. Com isso, estaria automaticamente extinta a Justiça Militar. Justiça essa, que para eles representa um certo comodismo e a segurança de que nenhum oficial seria condenado por possíveis responsabilidades e/ou crimes. Como podemos ver que nenhum oficial até hoje foi condenado por ter dato tal ordem, sempre foi o soldado que cometeu "tal atrocidade".

Ou o Rio Grande evolui neste tema como os 23 Estados e o Distrito Federal, ou vamos ficar com um Corpo de Bombeiros cada vez mais defasado.

Câmara ouve o Rubem Berta

Melhorias no transporte, na saúde e na infraestrutura foram as principais reivindicações apresentadas pela comunidade do Rubem Berta e do Jardim Leopoldina na sessão especial do projeto Câmara Itinerante, realizada pela Câmara Municipal de Porto Alegre nesta terça-feira (16/11). "Nossa região tem carências nas áreas de saúde, saneamento básico, iluminação e transporte", disse Cleusi Coelho da Rosa, morador do bairro e primeiro a falar aos vereadores sobre as necessidades da região. "Tivemos aqui uma aula de cidadania. A comunidade foi exemplar ao fazer as reivindicações da forma como devem ser feitas. E todas as demandas feitas aqui chegarão aos órgãos competentes", disse o vereador Mário Manfro (PSDB), que presidiu a sessão. 

Cleusi também reclamou de alagamentos na avenida Adelino Ferreira Jardim, especialmente no cruzamento com a Sargento Silvio Delmar Hollembach. Pediu ainda a retomada do trajeto antigo da lotação que serve ao bairro e que passava pela Adelino. "Era o único transporte para os moradores da área. Outra solicitação feita por ele foi de que a linha T-6, da Carris, circule pela "ferradura" para evitar que as pessoas tenham de caminhar demais para pegar um ônibus. 

Carmen Lopes, conselheira tutelar da microrregião 10, disse que os problemas mais urgentes do Jardim Leopoldina, que fica ao lado do Rubem Berta, são o mato alto em um terreno baldio em frente ao posto de saúde do GHC e a falta de infraestrutura administrativa no CT instalado no Centro Vida. Carmen reivindicou também a instalação de mais banheiros na praça do Leopoldina, pois só há um disponível para a comunidade.

Zuma Fernandes Gonçalves, moradora do núcleo 10, pediu providências da Prefeitura sobre grade colocada na calçada em avenida da região por uma igreja. "A grade está em cima da calçada e as pessoas não têm como passar." Reclamou também de bares que colocam mesas nas calçadas dificultando a passagem dos moradores.

José Renato Lopes, da Comissão de Transporte do Eixo Baltazar, defendeu melhorias no transporte no Jardim Leopoldina. Segundo ele, hoje o bairro não tem mais lotação. "As lotações agora apenas passam pelo Leopoldina. E passam lotadas." Convidou a comunidade a participar, no próximo dia 22, de reunião com a EPTC, no Centro Vida, para tratar deste e de outros problemas sobre transporte na região."

Norma Silveira, da Associação dos Moradores do Rubem Berta (Amorb), disse que a principal reivindicação do núcleo 20, onde mora, é a colocação de asfalto nas ruas. "Além de asfalto, precisamos de segurança, principalmente à noite." Naide Toledo Lopes, do núcleo 34, igualmente pediu asfalto, fiscalização sobre calçadas com degraus e atuação da EPTC contra motoristas que colocam os carros em cima das calçadas e obrigam os pedestres a andar pelo meio da rua na avenida Martim Félix Berta.

Associado da Amorb, Claudio Martins disse que o grande problema do bairro hoje é a droga disseminada entre os jovens. Pediu políticas públicas que protejam a juventude deste problema. "Vejo jovens de quem cortei o cabelo quando eram crianças hoje irreconhecíveis por causa da droga. É muito triste." Pediu também mais médicos nos postos de saúde e mais ruas asfaltadas.

Representando o Fórum Regional de Justiça e Segurança, Rodney Torres cobrou da Prefeitura a presença nas reuniões do fórum. Reivindicou a instalação de um posto dos Bombeiros na região, prometido quando da construção do sambódromo e nunca cumprido. Criticou também a possibilidade de construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no Triângulo da Assis Brasil. "A UPA havia sido prometida para o Centro Vida e agora querem levar para o Triângulo. E ainda querem construi-la em cima de uma área de preservação permanente."

Luis Berres, morador do Bairro Mário Quintana, pediu abertura da Avenida Martim Félix Berta à esquerda no entroncamento com a Baltazar de Oliveira Garcia, permitindo o acesso ao Centro. "A abertura para ir ao Centro pela Martim evitará que carros e caminhões passem pelo meio do Leopoldina." Defendeu ainda um corredor de ônibus na Protásio Alves, entre a Manoel Elias e a Saturnino de Brito.

O vereador Paulinho Rubem Berta (PPS), que se manifestou apenas como representante da comunidade, disse que há muito a se fazer para melhorar o Rubem Berta, mas salientou que a união da comunidade tem garantido melhorias para a população da área. "Desde 1987, quando o bairro foi ocupado, trouxemos ônibus, postos de saúde, pavimentação de ruas e, mais recentemente, um ginásio de 900 metros quadrados." Neste ano, observou, três núcleos (4, 6 e 27) ganharam asfalto. "Hoje, a associação de moradores causa orgulho na comunidade, pois tem cursos de informática, padaria e costura."

A sessão foi realizada no salão da Paróquia Madre Teresa de Calcutá e teve as presenças dos vereadores Fernanda Melchionna (PSOL), Mauro Pinheiro (PT), Sofia Cavedon (PT), Dr. Raul Torelly (PMDB) e Paulinho Rubem Berta (PPS).

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)

Yeda volta a ser ré no processo sobre fraude no Detran

STJ DERRUBOU A DECISÃO DO TRF, QUE HAVIA EXCLUÍDO A GOVERNADORA DO PROCESSO


Nova reviravolta no caso da fraude no Detran colocou a governadora Yeda Crusius (PSDB) novamente como ré no processo de improbidade administrativa que tramita na Justiça Federal. 


O ministro Humberto Martins, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), deu decisão favorável a recurso do Ministério Público Federal e decidiu na noite de quinta-feira (18) que a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), não está imune à Lei de Improbidade Administrativa.

A ação de improbidade trata da investigação de desvio de recursos no Detran gaúcho, entre 2003 e 2007. De acordo com a denúncia, as fraudes alcançariam R$ 44 milhões. Além da governadora, foram acusadas mais oito pessoas, entre elas o marido dela e três deputados.

Em relação a esse assunto, Yeda declarou no Twitter o seguinte:

ao povo q lê jornal: esqueçam das manchetes de capa e olhem a medalha q recebi: zilda arns, pelo ppv e seus resultados.”.

Fontes: JusBrasil , Correio do Povo e G1

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Toby Mendel: Estados podem intervir para garantir direito do cidadão se informar e se expressar na mídia


“Como existe o Direito Fundamental de ir e vir, garantido pela Constituição, deveríamos ter o direito de falar e ouvir por meio da mídia, afirmou o diretor executivo do Centro de Direito e Democracia (CDD), nesta terça-feira (9), Toby Mendel, no Seminário Internacional de Comunicações Eletrônicas e Convergência de Mídias, que acontece até quarta-feira (10), em Brasília.
Para o especialista em regulamentação Toby Mendel a livre circulação de informações é muito importante e os Estados, às vezes, têm que intervir nisso. “Vejam o caso das emissoras privadas. As pessoas escolhidas para se expressarem por meio delas podem expressar suas opiniões à vontade e com grande espaço e alcance. Mas quando olhamos pela perspectiva do telespectador, isso não acontece do mesmo modo”.
Mendel fez críticas ao acesso popular aos meios de comunicação e informação, como as rádios comunitárias. Para ele, o acesso democrático é complicado. As exigências para a obtenção de licenças são pesadas e a reserva de concessões no Brasil é limitado. Em outros países a reserva é muito maior.
Mas não adianta apenas ampliar o número de concessões, é necessário injetar investimento nesse setor e permitir a inserção de publicidades. “Esse é a principal forma de que a mídia tem de levantar recursos para seu funcionamento”, afirmou o especialista.
“O que nos impressionou em nosso estudo no Brasil foi o compromisso muito forte nessa área, em nome do interesse público. Tenho certeza que o marco regulamentar vai ser muito bem feito no Brasil. Mas tem que ser feito com muito debate e com calma. Quero que demore até 2014 para que eu possa vir |à Copa do Mundo”, brincou Toby Mendel.
Gentilmente copiado do portal Convergência de Mídias

"ENEM é a banda larga que leva o pobre à faculdade" - diz Haddad


Obama fez o ENEM e não reclamou de nada

Para entar na faculdade de Direito da Universidade de Harvard, Barack Obama teve que fazer o ENEM (lá conhecido como SAT).

Sessenta países membros da OCDE submetem os estudantes ao ENEM – lá conhecido como teste PISA.

O Toffel de proficiência em inglês é um ENEM.

É um sistema universal, comparável, utilizado há 60 anos e há quinze no Brasil.

O usa o método TRI – perguntas diferentes com idêntido grau de dificuldade.

Só assim é possvel aplicar o ENEM em dias diferentes, locais distantes  e, no Brasil, em 1.600 cidades do país e a três milhões de estudantes.

É o sistema que seleciona os alunos do ProUni, os que se submetem à Prova Brasil, à Provinha Brasil, ao Enseja e, proximamemnte, aos financiados pelo FIES.

(Na gestão Haddad, o FIES passou a dispensar fiador. E, se o aluno cursar Medicina ou se tornar professor de escola pública, não paga o financiamento – o Estado paga tudo. Que horror !)

Para se inscrever no ENEM, o candidato paga R$ 35.

Mas, se for egresso de escola pública ou se demonstrar que é pobre não paga nada.

Oitenta e três mil vagas de universidades públicas federais serão preenchidas pelo  ENEM.

Com os 150 mil alunos do ProUni – que sempre tiveram que fazer o ENEM (para o Agripino Maia e a Monica Serra não dizerem que o ProUni é o “Bolsa Aluno vagabundo”) com os alunos do ProUni, serão 230 mil vagas de  universitários do país aprovados no ENEM.

Para o aluno, o ENEM traz inúmeras vantagens.

Ele pode fazer a prova em qualquer uma das 1.600 cidades e se qualificar para estudar em qualquer faculdade do país.

Ele não precisa se deslocar para o local da faculdade.

Não precisa se preparar em cursinho para se qualificar em curriculos de vestibulares diferentes.

O ensino médio deve ser suficiente para levá-lo a uma faculdade, passado o ENEM.

É mais barato e mais racional: ele compara a média dele com a de seus concorrentes e avalia para onde mais é mais razoável ir.

Estas são informações extraídas de entrevista que este ordinário blogueiro fez com o Ministro Fernando Haddad, que vai ao ar esta terça feira às 21h00 na Record News.

Perguntei se ele concordaria com a minha suposição de que o ENEM é a banda larga para o pobre chegar à faculdade.

Ele disse que sim.

E acrescentou.

“Eu costumo dizer que assim como “saudade” não tem tradução, “vestibular” também não.”


Paulo Henrique Amorim - Do Conversa Afiada

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

José de Abreu, o guerrilheiro virtual da campanha de Dilma

Ator conta ao iG que ‘criou rede de desmontar factóides’ na internet e, por isso, recebeu elogios da primeira-dama Marisa Letícia


Enquanto Dilma Rousseff dava seu primeiro discurso como presidenta eleita, na noite de domingo (31), em rede nacional, vários políticos se espremiam no palanque da vitória. Junto a José Eduardo Dutra (presidente nacional do PT), José Eduardo Cardozo (secretário-geral do PT), Michel Temer (vice-presidente eleito), Antonio Palocci (ex-ministro da Fazenda e coordenador da campanha de Dilma) e outros figurões da política, chamava a atenção a presença do ator José de Abreu.

Foto: Agência Estado

Ao fundo (entre Michel Temer e Dilma Rousseff), o ator José de Abreu subiu no palanque da vitória da presidenta eleita

Visivelmente emocionado, com os olhos marejados, ele permaneceu ali, atrás do ombro de Dilma por vários minutos. Um papagaio de pirata, como ele mesmo definiu. Para quem acha que ele era um estranho no ninho, Abreu afirma que não era figurante daquele momento histórico por acaso. E conta que sua militância vem da juventude, que durante parte da ditadura militou no mesmo grupo de Dilma, Var-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares), e que, durante a campanha eleitoral criou “uma rede de desmontar factóides” na internet, com pseudônimos como Marcos Ovos e Zé Bigorna.

“Dilma ficou sabendo, o Lula sabendo das coisas que eu fazia... A Dona Marisa ligou para o Chile para comentar meu trabalho. Falou: ‘nós estamos sabendo de tudo, que coisa linda você tá fazendo’”, conta o ator.

Seu envolvimento com política, ele relata, começou em 1966, quando fez sua primeira peça, ‘Morte e vida Severina’. “Fui preso por dois meses, em 1968, no congresso na UNE. Saí do país no final de 1972, quando tive um exílio forçado na Holanda, e voltei no final do ano seguinte para Pelotas (RS)”, relembra.

Agora, com o fim da campanha, ele volta à rotina de ator. Começa a filmar nos próximos dias no município de Cataguases (MG), “Meu pé de Laranja lima”, sob direção de Marcos Bernstein. Em janeiro, retorna às novelas, em “Insensato Coração”, de Gilberto Braga. Isso se Dilma não insistir para que assuma um cargo público. “Desde que não tenha salário. Não sou político profissional, sou militante por amor”, ressalta o ator de 64 anos.

Leia trechos da entrevista ao iG.

Subindo no palanque
“Me convidaram para ir a Brasília. Uma parente do Lula, que não preciso citar o nome, mandou eu votar no Rio e ir pra Brasília. Me hospedei no hotel, o Naoum, onde seria a festa e foi uma coisa natural... Chegou uma hora que falaram que o Zé Dirceu estava chegando e pediu pra eu ficar ao lado dele. Ele foi dar entrevista e eu fiquei como papagaio de pirata. Quando a Dilma chegou, ela brincou comigo, me chamando de ‘Marcos Ovos’ no elevador. Não foi uma coisa idiota que fui lá fazer...”

'Chorei muito'
“Olha, subimos todos no palco com ela. Quando começou o discurso, alguém chamou: ‘vamos descer, vamos descer’. Daí, uma pessoa me puxou, acho que foi o Zé Eduardo Cardozo (secretário-geral do PT), não tenho certeza. Vendo pelo vídeo agora... acho que foi ele, até pelo carinho dele no palco, com abraço apertado, estava quase chorando no ombro dele, tinha a mão dele apertada em mim. Poxa, chorei muito antes e depois daquela cena”.

Saia justa
“Não rolou saia justa. No momento que pediram para sair, eu estava conversando com alguém, quando fiz movimentação para sair, me puxaram pro palco, vi a Dilma sorrindo, ela estava feliz. Não havia hostilidade. A gente se beija de felicidade. Político de esquerda se gosta, não tem problema de se beijar e se abraçar. O Lula beija!”

Emoção no palanque
“Teve um momento que saí de giro, estava de olhos fechados, cabeça baixa. Não estava mais ali, estava viajando na minha vida, tristeza de cadeia, lembrei da minha mãe...”

Idade Média
“Pior que essa só a luta contra a ditadura. O fato é que a campanha foi uma batalha campal, com regressões morais da Idade Média. Até bispos católicos imprimiram panfletos contra a Dilma...”.

Guerrilha virtual
“Sou interneteiro. José Mayer me chama de ‘José Windows’. Sei achar tudo que há no mundo pela internet, criamos uma rede de desmontar factóides. Quando começou aquela onda de emails... aquelas coisas... Dilma guerrilheira, lésbica, f.d.p., que roubava dinheiro dos companheiros... quando aquela baixaria começou, aí descobri que tinha até falso indiano trabalhando com essa coisa de internet dos caras (da campanha do Serra). Consegui quase 11 mil seguidores em uma twitcam. Falei por quase 2 horas sobre a ditadura, que não fazíamos terrorismo, como era a censura... Usei muito, muito o twitter a favor da Dilma, 20 horas por dia. Foi guerrilha virtual. Tive 7 mil seguidores, apaguei a conta porque fiquei com medo das ameaças. O que importa não é a quantidade de seguidores, mas quantas vezes fui retuitado. Tinha frase minha que foi retuitada 20, 30 mil vezes. A cada semana mudava de nome, sempre com nome falso. Usei vários nomes, como Marcos Ovos, Senhor Jardineiro e o que ficou mais famoso, o Zé Bigorna. 

Apoio de dona Marisa
“Dilma ficou sabendo, o Lula sabendo das coisas que eu fazia... A Dona Marisa me ligou do Chile para comentar meu trabalho. Falou: ‘nós estamos sabendo de tudo, que coisa linda você tá fazendo’. Aí fiz mais umas sete ou oito twitcams. Postava uma twitcam, onde dava uma aula sobre a ditadura. Abro a camerazinha e coloco 10 mil pessoas em dez minutos ouvindo o que tenho pra falar. Tenho esta facilidade. Meus recados eram para desmentir os boatos sobre Dilma... Ela não era terrorista, nem eu. A gente era herói. Terrorista era o Estado brasileiro.”

Contato com Dilma
“Nunca fui filiado ao PT. Sou livre. (...) Fui a alguns comícios. Quando Lula resolveu fazer panfletagem na porta da Mercedes-Benz, em São Paulo, no meio da campanha do primeiro turno, encontrei ele e a Dilma lá, às 3h30 da manhã. Foi quando tive um contato maior com ela. Meu filho de 10 anos foi também, tiramos fotos. Pessoal de esquerda é companheiro.”

Período na prisão
“Estudava Direito, na PUC de São Paulo, quando entrei na luta clandestina contra a ditadura. Fui da Var-Palmares, a mesma organização da Dilma. Se a conheci, eu não lembro. A gente não conhecia os companheiros, eram nomes de guerra, não tinha como lembrar”.


Ácido, ioga e flauta doce
“Quando houve o fechamento político, depois de 1971, quando saí da organização, fiquei escondido na Bahia, em Recife, parei em Arembepe (BA), que foi o Woodstock brasileiro. Ali pintou ácido lisérgico, ioga, flauta doce, rock progressivo... Comecei um processo de viagem espiritual, autoconhecimento, namorei uma jovem na época... Juntou aí a vontade de conhecer Londres e Amsterdã, símbolos da libertação hippie. A política ficou de lado. Os esquerdistas foram para Paris e eu para Amsterdã.”

Cargo no governo
“Não aceitaria, apenas se fosse um cargo de um conselho, desde que não tenha salário. Não sou político profissional, sou militante por amor. Quero acabar com a miséria. Agora, se ela falar que estou convocado, eu vou. Mas talvez doe meu salário. Tenho o salário da Globo. Ganho muito bem lá”.

Extraído do IG

Leia também: 

'Melhor ser papagaio de pirata que pirata sem papagaio

Não ao terceiro turno

Editorial do Brasília Confidencial


Parcela minoritária e barulhenta de derrotados nas urnas reagiu ao resultado da disputa pela Presidência da República como se fosse passível de desmerecimento, contestação e enfrentamento a decisão majoritária de tornar Dilma Rousseff a sucessora do presidente Lula. Essa parcela reagiu, enfim, como quem inaugura ou pretende inaugurar uma espécie de terceiro turno imprevisto pela legislação, indesejado pela população, insultuoso ao eleitorado e improdutivo para o país.

A ideia de iniciar um terceiro turno se evidencia na edição de ontem dos principais diários impressos do país. Começa na informação de que, antes mesmo de começar, o Governo Dilma já vive sua primeira crise causada pela presença explícita ou pela sombra ameaçadora de Lula, que seria candidato à Presidência em 2014. O terceiro turno se insinua também entre o receio de que Lula interfira no governo, tutelando Dilma, e o medo de que não faça isso e deixe o caminho livre para a hegemonia da esquerda do PT. É deflagrado também, o terceiro turno, no pavor provocado pela maioria de praticamente três quintos no Congresso, que poderia dar a Dilma força suficiente para legislar conforme bem quisesse.

O segmento da mídia que orienta os partidos de oposição participa da tentativa de inaugurar o terceiro turno com o mesmo método jornalístico adotado desde o primeiro semestre do ano passado: textos, comentários, notas e artigos que depreciam Dilma tentando reduzí-la a uma figura influenciável e manipulável. Desmereceram a candidata, agora desmerecem a presidente eleita e, desde já, seu futuro governo.
A motivação da imprensa aliada aos partidos de oposição antecede a ideia de golpe. Os jornais acreditam representar o pedaço do Brasil que rejeitou Dilma.

Dilma foi eleita pelo Brasil setentrional. A oposição é o Brasil meridional. É verdade que Dilma fez muito mais votos na parte Sul do que Serra obteve na parte Norte. Mas ela perdeu entre os ‘sulistas ou ‘confederados’, que formam o Brasil da mídia. O Brasil de Dilma é o Brasil sem mídia. E o terceiro turno é, a par de um desejo de facções partidárias oposicionistas, uma tentativa da imprensa mais poderosa do Brasil meridional de expulsar para o Brasil setentrional a candidata e futura presidente dos pobres, dos excluídos, dos desvalidos, dos discriminados, dos trabalhadores, da classe operária.

Até aqui, Dilma mostrou que é muito maior do que se dizia dela no início da campanha. Mostrou que é capaz de traduzir perfeitamente a ideia da eficiência e da continuidade de um projeto bem sucedido e aprovado. Venceu a campanha eleitoral mais sórdida, repugnante e infame da história republicana. Venceu uma oposição torpe e uma imprensa indecente. E, no primeiro discurso de presidente eleita, estendeu a mão aos adversários propondo trabalho e união pelo país.

A deflagração do terceiro turno para o período 2011/2014 equivale ao anúncio de, no mínimo, mais de 1.400 dias de campanha e de confronto. Com certeza, não é o que quer e muito menos é de que precisa o povo do Brasil.