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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Câmara ouve o Rubem Berta

Melhorias no transporte, na saúde e na infraestrutura foram as principais reivindicações apresentadas pela comunidade do Rubem Berta e do Jardim Leopoldina na sessão especial do projeto Câmara Itinerante, realizada pela Câmara Municipal de Porto Alegre nesta terça-feira (16/11). "Nossa região tem carências nas áreas de saúde, saneamento básico, iluminação e transporte", disse Cleusi Coelho da Rosa, morador do bairro e primeiro a falar aos vereadores sobre as necessidades da região. "Tivemos aqui uma aula de cidadania. A comunidade foi exemplar ao fazer as reivindicações da forma como devem ser feitas. E todas as demandas feitas aqui chegarão aos órgãos competentes", disse o vereador Mário Manfro (PSDB), que presidiu a sessão. 

Cleusi também reclamou de alagamentos na avenida Adelino Ferreira Jardim, especialmente no cruzamento com a Sargento Silvio Delmar Hollembach. Pediu ainda a retomada do trajeto antigo da lotação que serve ao bairro e que passava pela Adelino. "Era o único transporte para os moradores da área. Outra solicitação feita por ele foi de que a linha T-6, da Carris, circule pela "ferradura" para evitar que as pessoas tenham de caminhar demais para pegar um ônibus. 

Carmen Lopes, conselheira tutelar da microrregião 10, disse que os problemas mais urgentes do Jardim Leopoldina, que fica ao lado do Rubem Berta, são o mato alto em um terreno baldio em frente ao posto de saúde do GHC e a falta de infraestrutura administrativa no CT instalado no Centro Vida. Carmen reivindicou também a instalação de mais banheiros na praça do Leopoldina, pois só há um disponível para a comunidade.

Zuma Fernandes Gonçalves, moradora do núcleo 10, pediu providências da Prefeitura sobre grade colocada na calçada em avenida da região por uma igreja. "A grade está em cima da calçada e as pessoas não têm como passar." Reclamou também de bares que colocam mesas nas calçadas dificultando a passagem dos moradores.

José Renato Lopes, da Comissão de Transporte do Eixo Baltazar, defendeu melhorias no transporte no Jardim Leopoldina. Segundo ele, hoje o bairro não tem mais lotação. "As lotações agora apenas passam pelo Leopoldina. E passam lotadas." Convidou a comunidade a participar, no próximo dia 22, de reunião com a EPTC, no Centro Vida, para tratar deste e de outros problemas sobre transporte na região."

Norma Silveira, da Associação dos Moradores do Rubem Berta (Amorb), disse que a principal reivindicação do núcleo 20, onde mora, é a colocação de asfalto nas ruas. "Além de asfalto, precisamos de segurança, principalmente à noite." Naide Toledo Lopes, do núcleo 34, igualmente pediu asfalto, fiscalização sobre calçadas com degraus e atuação da EPTC contra motoristas que colocam os carros em cima das calçadas e obrigam os pedestres a andar pelo meio da rua na avenida Martim Félix Berta.

Associado da Amorb, Claudio Martins disse que o grande problema do bairro hoje é a droga disseminada entre os jovens. Pediu políticas públicas que protejam a juventude deste problema. "Vejo jovens de quem cortei o cabelo quando eram crianças hoje irreconhecíveis por causa da droga. É muito triste." Pediu também mais médicos nos postos de saúde e mais ruas asfaltadas.

Representando o Fórum Regional de Justiça e Segurança, Rodney Torres cobrou da Prefeitura a presença nas reuniões do fórum. Reivindicou a instalação de um posto dos Bombeiros na região, prometido quando da construção do sambódromo e nunca cumprido. Criticou também a possibilidade de construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no Triângulo da Assis Brasil. "A UPA havia sido prometida para o Centro Vida e agora querem levar para o Triângulo. E ainda querem construi-la em cima de uma área de preservação permanente."

Luis Berres, morador do Bairro Mário Quintana, pediu abertura da Avenida Martim Félix Berta à esquerda no entroncamento com a Baltazar de Oliveira Garcia, permitindo o acesso ao Centro. "A abertura para ir ao Centro pela Martim evitará que carros e caminhões passem pelo meio do Leopoldina." Defendeu ainda um corredor de ônibus na Protásio Alves, entre a Manoel Elias e a Saturnino de Brito.

O vereador Paulinho Rubem Berta (PPS), que se manifestou apenas como representante da comunidade, disse que há muito a se fazer para melhorar o Rubem Berta, mas salientou que a união da comunidade tem garantido melhorias para a população da área. "Desde 1987, quando o bairro foi ocupado, trouxemos ônibus, postos de saúde, pavimentação de ruas e, mais recentemente, um ginásio de 900 metros quadrados." Neste ano, observou, três núcleos (4, 6 e 27) ganharam asfalto. "Hoje, a associação de moradores causa orgulho na comunidade, pois tem cursos de informática, padaria e costura."

A sessão foi realizada no salão da Paróquia Madre Teresa de Calcutá e teve as presenças dos vereadores Fernanda Melchionna (PSOL), Mauro Pinheiro (PT), Sofia Cavedon (PT), Dr. Raul Torelly (PMDB) e Paulinho Rubem Berta (PPS).

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)

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